O presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, afirmou ontem, no Seminário Dia da Navegação, da Câmara Brasil-Alemanha, que a decisão da Aracruz de instalar terminais fluviais em Rio Pardo e Cachoeira do Sul deverá incrementar o transporte hidroviário do Estado, prejudicado nos últimos anos pelo excesso de burocracia dos órgãos públicos e pela falta de continuidade administrativa. 'Somente no governo Rigotto, tivemos três secretários de Transportes, o que atesta a falta de continuidade de projetos', diz ele. Para Manteli, o uso das hidrovias servirá de indutor do desenvolvimento nos municípios localizados ao longo dos rios navegáveis. 'Trata-se de um fator de desenvolvimento que tem sido negligenciado ao longo desses anos', sustentou. O presidente da ABTP também tem críticas à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que, segundo ele, 'precisa passar a legislar menos e atuar com mais ênfase na adoção de medidas que incentivem o desenvolvimento do transporte aquaviário'.
Longe do rankingAliás, uma das outras batalhas de Wilen Manteli, pela consolidação do Porto de Rio Grande como concentrador de cargas do Mercosul, pelo jeito está longe de ser vencida. Apesar do recorde na movimentação de contêineres do primeiro semestre, ele não se inclui entre os maiores do mundo.
(Por Denise Nunes,
Correio do Povo, 04/09/2007)