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extinção de espécies
2007-09-04
Uma raça de animal de criação desaparece por mês no mundo, segundo um alarmante estudo da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação). A entidade aconselha a preservação desse capital natural em bancos genéticos, particularmente o das espécies latino-americanas, asiáticas e africanas, que são as mais afetadas. O estudo foi apresentado nesta segunda-feira (03/09) por cientistas reunidos na cidade suíça de Interlaken pela FAO durante a abertura da primeira conferência internacional sobre recursos zoogenéticos.

"Raças insubstituíveis desaparecem a um ritmo preocupante", advertiu Carlos Seré, diretor geral do Instituto Internacional de Pesquisa sobre Gado (ILRI), com sede em Nairóbi. O problema é de grande envergadura, uma vez que 70% das raças de gado do mundo se encontram em países em desenvolvimento, de acordo com estimativas do ILRI, que dispõe de uma base de dados de 669 raças de bovinos, ovinos, caprinos, suínos e aves da África e na Ásia.

A FAO estima que no mundo haja cerca de 7.000 raças de animais de criação. O gado de países industrializados tem "uma base genética muito estrita e altamente especializada", já que 90% vêm de apenas seis raças rigorosamente definidas, acrescentou Seré. Políticas estatais e alguns criadores conservaram a maior parte das raças autóctones da Europa e da América do Norte, acrescentou.

No entanto, países em desenvolvimento e pequenos produtores agrícolas abandonaram a criação de animais tradicionais em favor de raças de rendimento mais elevado importadas dos Estados Unidos e da Europa. De acordo com os especialistas, será impossível salvar todas as raças ameaçadas, o que torna necessário o estabelecimento rápido de bancos de genes a fim de conservar o esperma e os óvulos dos animais das raças em risco de extinção.

Raças
A vaca Holstein Friesian, grande produtora leiteira, está presente em 128 países. As criações das galinhas poedeiras White Leghorn e os porcos Large White de rápido crescimento também se estenderam sensivelmente. Em Uganda, a raça autóctone de bovinos Ankol, famosa por seus grandes chifres, poderia desaparecer em 25 anos, já que ela vem sendo substituída pelas Holstein Frisonne, que produz mais leite.

Numa seca recente que assolou esse país, no entanto, apenas os produtores que tinham mantido suas vacas da raça Ankol puderam salvar seu rebanho. A raça ugandense foi capaz de chegar a fontes d'água mais longínquas, o que não possível entre as vacas importadas. Outro exemplo é o Vietnã. No norte desse país, a população de porcos em 1994 era composta por 72% de raças locais, enquanto hoje esse número é de apenas 26%. Os cientistas ressaltam que as espécies oriundas dos países em desenvolvimento são indispensáveis para a adaptação do gado às condições climáticas e sanitárias difíceis de alguns países.

Meio de vida
Bilhões de pessoas em todo o mundo trabalham atualmente na criação de animais e 70% das populações rurais pobres dependem dessa atividade, explicaram os cientistas. "Os animais de criação continuarão dando a milhões de pessoas os meios para escapar da pobreza absoluta", afirmou Seré.

Segundo os cientistas reunidos na Suíça, é fundamental preservar o capital genético das raças ameaçadas de extinção, o que implica fomentar, também de maneira financeira, a criação de espécies autóctones. Os especialistas estimam que será impossível impedir que todas essas raças autóctones sejam extintas, o que torna necessário estabelecer rapidamente bancos genéticos para conservar esperma e óvolos das espécies ameaçadas. "Em muitos casos, não conhecemos o real valor de uma raça até que desapareça", concluiu Seré.
(France Presse, 03/09/2007)





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