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2007-09-03
A primeira mudança que os R$ 128,1 milhões liberados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, trouxeram a Santa Maria estão na prefeitura. Desde que o Palácio do Planalto anunciou o PAC no começo do ano, a rotina da administração municipal foi alterada.

Em fevereiro, o prefeito Valdeci Oliveira (PT) transformou a Secretaria de Captação de Recursos e Relações Internacionais no quartel general (QG) do PAC. Da secretaria, todos foram, em março, para a Caixa Econômica Federal, na Rua General Neto, onde havia melhor estrutura para trabalhar em cima dos projetos candidatos a receber dinheiro. Representantes de 10 das 21 secretarias ficaram cerca de 40 dias "acampados" na Caixa até finalizar o pacote de projetos, que rendeu a Santa Maria os R$ 128,1 milhões. O anúncio foi feito no último dia 10 de junho, pelo governo federal.

Desde a confirmação do dinheiro para a cidade, a corrida na prefeitura ficou mais frenética. Só que, desta vez, é para estar com o detalhamento dos projetos de cada obra do PAC prontos até fevereiro de 2008, prazo dado pelo governo federal. Agora, o QG dos projetos está no Centro Administrativo recém-reformado. Para ser mais preciso, no sétimo andar. Lá, há três salas exclusivas para o trabalho (veja na página ao lado).

Na sala do meio, fica a "fábrica" de projetos, onde trabalham três engenheiros civis, dois engenheiros elétricos, um engenheiro florestal e dois arquitetos, além de três estagiários. São cerca de oito horas de atividade por dia para elaborar projetos de pavimentação de rua, rede de esgoto, loteamentos, entre outros. Enquanto isso, dois topógrafos estão na rua, fazendo o levantamento das áreas contempladas com obras. Eles abastecem os técnicos com dados.

O trabalho dos engenheiros e arquitetos não fica limitado à sala. Eles também vão para a rua.

- A todo o momento, eles (técnicos) estão saindo. Surgiu uma dúvida, eles vão ao local para dar uma olhada - explica a coordenadora técnica do grupo, Marian Moro.

Foi o que fez o engenheiro elétrico Jemerson Cassel Camargo, que percorre os locais ao redor do Arroio Cadena para fazer o mapeamento das rede de luz. Lá ele olha todos os postes e fios verificando o que poderá ser aproveitado e o que terá de ser trocado. Os cálculos são repassados para o computador e incluídos nos projetos. Por onde passa, o engenheiro é abordado pelos moradores que querem saber mais sobre o trabalho.

- Primeiro, eles (moradores) acham que estou fazendo um levantamento sobre a iluminação pública. Mas, aí, eu explico que é um trabalho do PAC. As pessoas ainda têm um conhecimento superficial do que vai ser melhorado - constatou Camargo.

Para os engenheiros que ficam na sala mergulhados nos projetos, o jeito para se distrair é dar uma caminhada no corredor e pegar um café. Essa é receita, segundo eles, para espantar o cansaço. São muitos números e cenários diferentes para projetar. Só de rede de esgoto serão realizados 66 quilômetros, o equivalente a distância entre Santa Maria e Restinga Seca.

- Eu nunca trabalhei em tantas áreas ao mesmo tempo, mas é gratificante porque vai atingir as pessoas que mais necessitam - afirmou o engenheiro civil Luciano Dotto.

O trabalho também conta com o apoio de pessoas de fora da cidade. É o caso do engenheiro civil Ricieri Dickel Segabinazi. Contratado para reforçar a equipe do PAC, ele veio de Uruguaiana.

- É uma satisfação estar ajudando Santa Maria nesse desenvolvimento - disse o engenheiro.

Para não se perderem em meio a tantos projetos, os técnicos têm duas planilhas. Numa delas, há os locais contemplados com o dinheiro do PAC. Ali, estão dados detalhados sobre o que precisa ser feito em cada lugar (rede de esgoto, compra de terreno, arborização). À medida que as questões vão se resolvendo, a planilha é atualizada. A outra é para o controle dos projetos feitos pelos técnicos. Assim que cada um termina um trabalho, o placar da planilha muda, e o engenheiro parte para outro projeto. Do sétimo andar, deverão sair 300 projetos que vão mudar as áreas mais pobres da periferia.

No forno
O tempo para os engenheiros e arquitetos elaborarem os projetos do PAC dependem do tipo de obra. Os mais demorados são os de loteamentos, que podem levar até um mês. Veja como é o trâmite para que os projetos do PAC saiam do forno a tempo de receberem os recursos federais:
- A primeira coisa na hora de elaborar um projeto é fazer o levantamento topográfico (medição da área)
- Depois, vem o pré-projeto. Em um loteamento, compreende a divisão dos lotes e demarcação das ruas e das áreas verdes
- O próximo passo para erguer um loteamento, é o projeto complementar. São as redes de água, esgoto e de luz
- Os projetos de pavimentação de ruas são mais simples e podem ser feitos em até uma semana. Além do trecho asfaltado, constam a construção das redes de esgoto e de drenagem. Isso se a rua ainda não tiver as redes
- Independentemente do tipo de projeto, o procedimento é o mesmo na hora de elaborar uma proposta. Os engenheiros juntam todos os dados no computador. Para cada projeto, os técnicos têm de levar em conta os aspectos das áreas entorno dos locais onde haverá obras
- Depois de os dados estarem todos na mão, os técnicos fazem no computador o desenho detalhado da obra
- Também fazem os chamados memoriais, uma espécie de tradução do desenho. Ali, os engenheiros descrevem detalhadamente o que terá na obra. Se é um loteamento, por exemplo, vão constar a quantidade de ruas, as áreas verdes, entre outros
- Todos os projetos, para saírem do papel, dependem de licença ambiental. Para as obras em áreas de até cinco hectares, a própria prefeitura é quem dá a licença. Para as áreas acima dessa quantidade, a autorização é dada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).

Santa Marta
Dos R$ 128,1 milhões do PAC, R$ 39 milhões serão invetidos na região da Nova Santa Marta, na Zona Oeste. Lá, será feita a regularização fundiária
Só de rede de esgoto, serão realizados 66 quilômetros, o equivalente à distância entre Santa Maria e Restinga Seca

(Diário de Santa Maria, 03/09/2007)


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