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guerra das papeleiras
2007-09-03
Mais de mil argentinos cruzaram hoje (ontem, 02/09) a fronteira com o Uruguai para protestar contra a instalação pela empresa finlandesa Botnia de uma fábrica de celulose perto de Fray Bentos, nas margens do rio Uruguai e próxima da cidade argentina de Gualeguaychú. A manifestação dos ativistas argentinos, que tiveram o apoio de alguns uruguaios, transcorreu com calma e incluiu críticas contra os Governos dos presidentes do Uruguai, Tabaré Vázquez, e Argentina, Néstor Kirchner, considerados os responsáveis pelo que pode acontecer em relação à poluição ambiental na região.

Um dos coordenadores da Assembléia Ambientalista de Gualeguaychú, Jorge Fritzler, disse à agência Efe que o grupo de argentinos voltará ao Uruguai "quantas vezes for necessário" até que a Botnia "desista (de construir a fábrica) e vá embora". Cerca de 200 veículos argentinos conseguiram atravessar a ponte General San Martín - que os ambientalistas mantêm bloqueada desde novembro -, e outros tiveram que permanecer na Argentina.

Embora o cruzamento da fronteira tenha começado pela manhã, os estritos controles realizados pelos agentes da alfândega uruguaios retardaram a ação. Nos controles era permitida apenas a passagem de bandeiras, sem a presença dos mastros. Os funcionários uruguaios também confiscaram máscaras cirúrgicas e adesivos com frases contra a Botnia.

Com o aumento do atraso provocado por esta situação, os membros da Assembléia Ambientalista de Gualeguaychú, que lidera os protestos contra a fábrica de celulose, decidiram que às 15h local começaria formalmente o ato de protesto, com a leitura de um manifesto. Na saída da ponte, que une Gualeguaychú e Fray Bentos, a Polícia uruguaia instalou uma barreira onde revistava com cães adestrados o interior de cada veículo e, com espelhos, a parte inferior deles, cujos registros também eram anotados.

Os carros só poderiam chegar até uma segunda barreira policial localizada cerca de 500 metros das portas da fábrica, onde ocorreu a concentração dos manifestantes. As autoridades policiais dispuseram uma terceira cerca na saída de Fray Bentos e, segundo disse à Efe um oficial, era permitida a passagem dos residente na área contrária do terreno da fábrica de celulose que quiseram aderir ao protesto dos ecologistas argentinos.

Uma das coordenadoras da Assembléia Ambientalista, Ana María Costa, começou a leitura do manifesto, que pediu que "os piratas (em alusão a Botnia) voltem para a Finlândia". Os milhares de argentinos e alguns ecologistas uruguaios cantaram os hinos nacionais dos dois países antes de começar a leitura do manifesto."Repudiamos a atitude do Governo uruguaio do presidente Tabaré Vázquez que deu permissão para que a Botnia roube e contamine o rio Uruguai", assinalou Costa ao ler o manifesto.

A postura do Governo uruguaio "é indigna" porque "se associa às multinacionais contra os direitos do povo uruguaio e do argentino", acrescentou. O Governo Kirchner "também é responsável pela situação" porque "não respeita o direito à vida", segundo a ativista. "Nossa luta é contra os interesses políticos e econômicos que põem em risco o meio ambiente da região e não contra nossos irmãos uruguaios", assegurou Costa.

As autoridades argentinas, vizinhos de Entre Ríos e ecologistas uruguaios se opõem à fábrica, que está a ponto de entrar em funcionamento, com o argumento que causará danos ao meio ambiente da área, o que é negado pelo Governo uruguaio e pela empresa. "Consideramos responsáveis a Botnia e os Governos dos dois países pelo que possa acontecer no futuro", dizia a nota, lida na estrada, perto da fábrica, em meio a um forte dispositivo de segurança da Polícia uruguaia.

A uruguaia DeLia Villalba, residente em Fray Bentos e contrária a construção da fábrica, também leu um manifesto, no qual pediu o "respeito da opinião pública e de sua qualidade de vida". "Somos merecedores de uma vida saudável e plena, sem contaminação. A América Latina não pode ser a lixeira do mundo", disse Villalba após assegurar que a luta contra o funcionamento da Botnia "cresce dia a dia". Argentina e Uruguai vivem seu pior conflito em décadas por causa da construção da fábrica, que representou um investimento de US$ 1,2 bilhão, o maior na história do Uruguai.
(EFE, 02/09/2007)


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