Dos 60 alunos, 39 vieram de assentamentos do MST.Um curso de direito agrário exclusivo para alunos oriundos de assentamentos da reforma agrária e da pequena agricultura começou a ser ministrado no dia 22, pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Da turma de 60 alunos, 39 vieram de assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os futuros advogados estudam no campus avançado, que fica a 130 quilômetros de Goiânia.
O ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu a primeira aula para a turma, numa sala especial, improvisada no Teatro São Joaquim. O local é usado para projeção dos principais filmes do Festival Internacional do Cinema Ambiental (Fica), realizado anualmente em Goiás. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta aos alunos, cumprimentando-os pelo ineditismo do curso.
Para se inscrever ao vestibular, os 630 pretendentes tiveram de apresentar documento emitido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), atestando que são de assentamentos ou da pequena agricultura. "Trata-se de um curso de direito com especialização na questão agrária. A intenção é formar advogados especialistas no direito agrário, mantendo-os em suas origens", disse a pró-reitora de graduação da UFG, Sandra Mara Chaves.
O curso terá duração de cinco anos, com estrutura de uma graduação comum de direito. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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G1, 02/09/2007)