Aviões jogavam água sobre as chamas que ainda ardem em regiões de floresta da Grécia, na sexta-feira (31/08), dia em que a União Européia (UE) prometeu enviar ao país um grande montante de ajuda a fim de garantir sua recuperação após mais de uma semana de incêndios disseminados.
Os bombeiros combatiam na sexta-feira duas grandes frentes de chamas. O fogo provocou uma emergência nacional, matou mais de 63 pessoas e deixou outros milhares desabrigados.
Casas pré-fabricadas estavam sendo fornecidas a uma velocidade de 40 por dia e, em muitas oportunidades, foram colocadas em áreas de montanha a fim dar abrigo a pessoas cujos lares haviam sido consumidos pelas chamas.
O governo pagou mais de 70 milhões de euros (96 milhões de dólares) para mais de 20 mil vítimas cujas propriedades acabaram destruídas.
O Ministério das Finanças afirmou que os incêndios haviam provocado um prejuízo de ao menos 1,2 bilhão de euros à economia do país, mas meios de comunicação gregos estimaram esse montante em cerca de 4 bilhões.
A autoridade da UE encarregada de um fundo de ajuda de 1 bilhão de euros prometeu socorrer a Grécia depois de visitar, de helicóptero, os vales atingidos pelo fogo no sul da península do Peloponeso.
"Se os danos somam, como os senhores escreveram nos jornais, 4 bilhões de euros, então isso significará o envio de 200 milhões de euros do fundo de solidariedade.
Mas eu espero que os danos tenham sido menores", afirmou a comissária de Política Regional da UE, Danuta Huebner, a repórteres após reunir-se com o primeiro-ministro grego, Costas Karamanlis, em Atenas.
José Manuel Barroso, presidente da Comissão Européia (Poder Executivo da UE), deve voar para a Grécia ainda na sexta-feira a fim de conversar com o governo grego. Barroso havia descrito os incêndios como um "desastre europeu."
Apenas duas semanas antes de eleições parlamentares serem realizadas no país, Karamanlis vê-se duramente criticado devido à forma como o governo dele, conservador, enfrentou a pior onda de incêndios já ocorrida na Grécia, segundo se tem notícia.
Prevê-se que os eleitores gregos, antes de decidir seu voto, observem com atenção a forma como o governo distribuirá os esforços de ajuda.
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Reuters, 31/08/2007)