(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
sustentabilidade e capitalismo objetivos do milênio
2007-08-31
Já se passaram cinco anos desde a realização da Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável em Johannesburgo, África do Sul. Nela, as nações do mundo se comprometeram a realizar todos os esforços necessários para conseguir a implantação de modelos de desenvolvimento sustentáveis.

Estes paradigmas não são objetivos em si mesmos, senão ferramentas para se alcançar, em um prazo não distante, condições sociais, políticas, econômicas e ambientais justas e equilibradas. Para se ter uma idéia aproximada de qual é a gigantesca tarefa que temos pela frente, é um bom exercício lembrar quais são os grandes problemas que devemos resolver.

A Declaração de Johannesburgo identifica tais problemas em vários grupos, começando pelo que classifica como o mais importante e urgente: a erradicação da pobreza, a modificação de modos insustentáveis de produção e consumo, e a proteção e ordenação da base de recursos naturais para o desenvolvimento social e econômico.

E segue-se um assunto intimamente relacionado: a cada vez maior fissura que divide a sociedade humana entre ricos e pobres, de alguma maneira refletida também no constante distanciamento entre o mundo desenvolvido e o mundo em desenvolvimento, algo que ameaça gravemente a prosperidade, segurança e estabilidade mundial.

No entorno disso, a crise global é inquestionável. Continua a perda de diversidade biológica, algo que ameaça a própria sobrevivência dos seres humanos. Cada vez são mais evidentes os efeitos adversos das mudanças climáticas, especialmente a potencialização dos desastres naturais em todas as partes do mundo, deixando um rastro de morte, dor, devastação e miséria. Aumentam os níveis de contaminação da água, do ar, da terra e dos mares, o que priva milhões de seres humanos de uma vida digna.

Na declaração também se dá uma expressiva atenção à globalização, assinalando-se que o atual processo agregou uma nova dimensão aos problemas da humanidade assinalados. De que maneira? Mediante os díspares resultados da rápida integração dos mercados, a mobilidade de capital e os aumentos nos fluxos de investimentos em todo o mundo. Os benefícios e custos da globalização não se distribuem de forma parelha. Para nossos países é ainda mais difícil enfrentar as conseqüências.

Mas esta situação geradora de importantes problemas, por outro lado oferece novas oportunidades para a implementação do desenvolvimento sustentável. Nossa região conta com a maior concentração de recursos naturais do planeta, e com um capital humano capaz de reverter a sua crônica situação de subdesenvolvimento, falta de eqüidade e gestão insustentável da biodiversidade. O que estamos esperando?

Se não conseguirmos reverter tantas assimetrias e injustiças, é provável que a sociedade perca a fé e a confiança no sistema democrático. Quantos destes grandes problemas a resolver, apontados na Declaração de Johannesburgo, estão caminhando para uma solução? Nenhum!

A Cúpula elaborou um extenso e detalhado Plano de Aplicação das decisões tomadas na reunião das Nações Unidas. Mas, mais uma vez, tratam-se de belas palavras e excelentes intenções que não mobilizam os grandes tomadores de decisões.

(Por Hernán Sorhuet*, El País / EcoAgencia, 30/08/2007)
*O autor é jornalista e articulista do El País, de Montevidéo, com publicação no Brasil autorizada para a EcoAgência. Tradução de Ulisses A. Nenê.

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -