O diretor-executivo da Ceará Steel, Gioavani Coassin, afirmou hoje (30) que não está sendo estudada a idéia de uso de carvão como fonte energética para o projeto, complexo siderúrgico de US$ 830 milhões e que prevê produção de 1,5 milhão de toneladas de placas de aço ao ano. O complexo Ceará Steel é uma parceria entre a coreana Dongkuk Steel, a italiana Danieli e a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). "Não confirmamos. Isso não está sendo estudado", ressaltou o executivo.
Ele fez a observação ao ser questionado sobre notícias na imprensa de que o empreendimento já teria desistido de optar pelo gás como fonte energética. No caso, a fornecedora seria a Petrobras. "Eu fiquei surpreendido. Uma matéria sobre a nossa empresa que nem sequer nos ouviu", disse.
Coassin afirmou que o projeto continua firme com sua intenção original de manter o gás como opção energética. Quando perguntado se alterar a rota tecnológica do empreendimento não demandaria um aumento nos custos do complexo, ele admitiu. "Sim, exatamente. Não mudamos o nosso objetivo (de manter o gás)", disse.
O projeto da Ceará Steel tem sido alvo de críticas do setor siderúrgico brasileiro, liderado pelo Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) que é contrária aos moldes atuais complexo. Na avaliação do instituto, o empreendimento prevê uso de gás subsidiado.
Em entrevista coletiva no início desse mês, o IBS chegou a levantar a opção do carvão como fonte energética do projeto. Na época, o vice-presidente executivo do instituto, Marco Polo de Mello Lopes afirmou que "se mudarem a rota tecnológica do projeto, com uso de carvão e não de gás subsidiado, nós do IBS não teremos nada contra à Ceara Steel".
(Agência Estado, 30/08/2007)