O integrante do Conselho de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Marco Antônio Fujihara manifestou seu pessimismo em relação ao mercado de créditos de carbono, que, em sua opinião, é muito frágil e incipiente. "Não conseguimos sequer regulamentar ainda a sua natureza jurídica", destacou.
Créditos de carbono são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa. Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono. Esse crédito pode ser negociado no mercado internacional.
Segundo Fujihara, o mercado de carbono depende do voluntarismo e não tem um "funcionamento orgânico". Entretanto, disse que, no setor industrial, começa-se a considerar a questão das emissões de carbono nas decisões empresarias, porque, segundo ele, já há uma consciência de que essas emissões representam riscos para os negócios. "A emissão de carbono já se tornou um fator de competitividade na atividade industrial", destacou.
Marco Antônio Fujihara participou nesta quinta-feira (30/08) do seminário internacional "Aquecimento Global: a responsabilidade do Poder Legislativo no estabelecimento de práticas ambientais inovadoras". O evento é promovido pela Comissão Mista Especial de Mudanças Climáticas, em parceria com quatro comissões da Câmara (Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional; Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e Relações Exteriores e de Defesa Nacional) e três comissões temáticas do Senado.
(Por Luiz Carlos Pinheiro, Agência Câmara, 30/08/2007)