Um plebiscito nacional popular de 1° a 7 de setembro permitirá à população opinar sobre a possibilidade de anular o leilão da Companhia Vale do Rio Doce. Também poderá opinar sobre pagamento dos juros da dívida externa e interna, exploração da energia elétrica pelo capital privado, prorrogação dos contratos de concessão dos pólos de pedágios no Estado e reforma da Previdência. Estarão disponíveis urnas e panfletos com cinco questões, em locais públicos, como escolas e rodoviárias.
Em entrevista coletiva, ontem, em Porto Alegre, foi lançado o 13º Grito dos Excluídos, que ocorrerá no próximo dia 7, com o tema 'Isto não vale: queremos participação no destino da nação', focado também no debate sobre a Vale do Rio Doce. Na Capital, a programação incluirá ação ecumênica, às 9h, no Largo Glênio Peres, seguida de caminhada.
O bispo de Santa Cruz do Sul, dom Sinésio Bohn, lembrou que à época do leilão da Vale, no governo FHC, há dez anos, a população não foi consultada e nem teve acesso a informações importantes, como quanto ao valor real daquele patrimônio público. 'A impressão foi de que os compradores fizeram o preço', argumentou. O leilão da Vale está sendo questionado judicialmente, por meio de 104 ações de anulação.
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Correio do Povo, 30/08/2007)