O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse ontem (29/08) que a Venezuela não teve influência significativa na redução da meta de exportação de etanol da companhia anunciada hoje pelo diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa.
Em coletiva realizada no Rio de Janeiro, Costa afirmou que as dificuldades no embarque do combustível para Venezuela e Nigéria foram as grandes responsáveis pelo recuo na meta de exportação da Petrobras em 2007 para 100 milhões de litros. Para 2008, a projeção caiu de 850 milhões para 500 milhões de litros de etanol.
Segundo Gabrielli, que classificou como pequeno o mercado venezuelano, a redução da meta se deu pois muitos países potenciais compradores do etanol brasileiro não conseguiram preparar a infra-estrutura necessária para receber o combustível.
O executivo citou especificamente problemas comtancagem e questões regulatóriascomo as principais dificuldades encontradas por estes países. Garantiu, no entanto, que as metas para os anos seguintes estão mantidas.
No ano passado, a Venezuela comprou 82 milhões, ou 68% do total de 120 milhões de litros de etanol exportados pela Petrobras. A projeção é de que com o passar o tempo a diversificação dos países compradores seja maior.
Questionado sobre o agendamento de uma reunião extraordinária do Conselho de Administração da estatal para tratar de trocas em diretorias da empresa, Gabrielli afirmou apenas que não existe reunião.O presidente negou ainda que tenha havido qualquer tipo de desentendimento com o diretor de Gás e Energia, Ildo Sauer, conforme noticiado na imprensa.
(Por Murillo Camarotto,
Valor Online, 29/08/2007)