As queimadas ocorridas no interior de São Paulo e o excesso de veículos nas regiões mais populosas do Estado se tornaram barreiras para que as indústrias ampliassem sua produção próximo aos mercados consumidores. Isso porque a classificação de bacias aéreas saturadas ou não saturadas, com base nos índices de poluição das diferentes regiões do Estado, virou um impeditivo para a ampliação da produção industrial paulista.
A punição às indústrias acontece porque o governo estadual não adotou qualquer tipo de controle que discriminasse a origem de emissão de poluentes como dióxido de nitrogênio ou monóxido de carbono, entre outras substâncias. ´Sabemos que em regiões metropolitanas a participação da indústria no nível de poluição é até menor do que a dos veículos, mas o problema é que nestes lugares, independente da origem da emissão, a situação do ar já está comprometida´, destaca o gerente do departamento de tecnologia do ar da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), Carlos Eduardo Komatsu.
Ele lembra que um dos fatores que determinou a sanção do decreto 50.753/06, que trata das bacias áreas, foi justamente a instalação desordenada de empresas em locais onde a situação do ar já era crítica, como a capital paulista, a baixada santista e as regiões de São José dos Campos, Campinas e Sorocaba.
(Por André Magnabosco,
InvestNews, 29/08/2007)