Depois de seis horas de reunião entre o consórcio Foz do Chapecó Energia S.A., responsável pela construção da Usina Foz do Chapecó, e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), um acordo foi fechado. Mais foi sobre apenas um ponto de pauta, que é a aquisição de terras para reassentamento das famílias atingidas pela hidrelétrica, que está sendo construída no rio Uruguai, entre Águas de Chapecó e Alpestre-RS.
Serão inundadas áreas de 1.540 propriedades em 13 municípios gaúchos e catarinenses. Na segunda e terça-feira, o MAB e outros movimentos da Via Campesina fecharam o acesso ao canteiro de obras.
No encontro de ontem, em Chapecó, o agricultor Pedro Melchiors questionou os critérios da concessionária da obra, que reconhece como data base para indenizações a população residente em 2002. Melchiors disse que isso deve excluir mil famílias atingidas. O diretor-adjunto da Foz do Chapecó Energia, Walter Zer dos Anjos, disse que a data foi definida pelos órgãos ambientais. Ele afirmou que alguns casos podem ser revistos, desde que haja comprovação de moradia ou dependência da área a ser algada. A empresa deverá comprar as primeiras áreas de terra em dois meses. De 4 a 6 de setembro, representantes da empresa e do MAB farão vistoria de terras. O MAB tem até 6 de setembro para apresentar uma lista de atingidos que pretendem ir para reassentamentos.
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A Notícia, 30/08/2007)