A prisão se segurança mínima de Bastoey, em uma ilha ao sul de Oslo, reivindica o título de primeiro presídio ecológico do mundo, que vinha perseguindo há dez anos. A prisão que não tem arame farpado ou portões, já foi comparada a um acampamento de férias e agora pode operar com painéis solares, calefação a lenha, reciclagem e produção de comida orgânica.
A idéia é ensinar valores importantes aos 115 detentos, como o respeito ao ambiente e ao próximo. "Nossa tarefa é criar as melhores oportunidades possíveis para o desenvolvimento do indivíduo, e lançar as fundações para mudanças possíveis", afirmou o diretor Oeyvind Alnaes.
Bastoey, que tem entre seus detentos assassinos e estupradores, representa um contraste forte com a idéia de prisões como locais sinistros, de portas pesadas e muros de pedra. A ilha é verde no verão, tem parias e uma reserva natural. Os detentos vivem em casas que não são trancadas e tomam conta de 200 galinhas, oito cavalos, 40 ovelhas e 20 vacas, cuidam dos campos, colhem frutas e pescam.
Toda a produção agrícola da prisão é obtida sem produtos químicos artificiais, e os animais são bem tratados. A Noruega não tem pena de morte, e a pena máxima no país é 21 anos. Poucos detentos cumprem uma sentença completa, e para se preparar para a libertação o prisioneiro recebem liberdades maiores para estudar, buscar terapia, jogar tênis e nadar nas águas ao redor da ilha.
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Estadão Online, 29/08/2007)