O representante da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) Maurício Mendonça disse nesta quarta-feira (29/08) que a CNI é contra a definição de metas de controle de emissão dos gases que provocam o efeito estufa para os países em desenvolvimento no próximo período do Protocolo de Kyoto, que será renegociado em 2012.
Segundo Maurício Mendonça, a definição dessas metas impediria o aprofundamento dos mecanismos de desenvolvimento limpo (MDE), que geram os créditos de carbono. O representante da CNI destacou que o mercado dos créditos de carbono ainda está no seu início e que ele é uma boa ferramenta para reorganização do processo produtivo do País.
Por sua vez, o coordenador do Departamento de Políticas Públicas da organização não-governamental (ONG) ambientalista Greenpeace, Sérgio Leitão, afirmou que o debate das metas de controle de emissão de gases é inevitável e que o Brasil precisa se antecipar a ele.
Eles participaram do segundo dia do seminário internacional "Aquecimento Global - A Responsabilidade do Poder Legislativo no Estabelecimento de Práticas Ambientais Inovadoras".
O evento, que continua nesta quinta-feira (30/08), é promovido pela Comissão Mista Especial de Mudanças Climáticas, em parceria com quatro comissões da Câmara (Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional; Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e Relações Exteriores e de Defesa Nacional) e três comissões temáticas do Senado.
(Por Cristiane Bernardes, Agência Câmara, 29/08/2007)