Dados do 3º Relatório de Nacional de Acompanhamento dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), divulgado nesta quarta-feira (29/08) pela Presidência da República mostram que o Brasil avançou em relação ao ODM de garantir a sustentabilidade ambiental, no cumprimentos de metas que tratam de questões como desmatamento, aquecimento global e acesso a saneamento básico e moradia.
O desmatamento da Amazônia caiu depois de sete anos, a taxa de perda anual de floresta caiu de 29 mil quilômetros quadrados em 1994 para 13 em 2006. Entretanto, o relatório aponta nos últimos 20 anos, o desflorestamento foi de 300 mil quilômetros quadrados – uma área maior que os estados do Rio Grande do Sul e Sergipe juntos.
Em contrapartida, segundo o relatório, o governo brasileiro aumentou o número de Unidades de Conservação, que entre 2002 e 2006 passou de 265 para 288 e já correspondem a 13% do território nacional.
Em relação ao consumo de clorofluorcarbonetos (CFCs) – gases que prejudicam a camada de ozônio – o Brasil reduziu em 90% o consumo dessas substâncias em geladeiras e aparelhos de ar-condicionado.
Dados sobre saneamento básico apontam avanço de 7,5% no número de domicílios urbanos com acesso à rede de águas e inclusão de 3,5 milhões de famílias à rede de esgoto sanitário. Com a intensa urbanização nos últimos 60 anos, as condições de moradia dos brasileiros melhoraram, mas as desigualdades permaneceram. Enquanto a proporção de domicílios urbanos adequados é de 73,9% no Sudeste, não chega a 30% no Norte e o país ainda registra um déficit habitacional de 7,9 milhões, principalmente entre as famílias de baixa renda.
Durante a apresentação do relatório, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula disse que o cumprimento da meta de preservação ambiental depende de contratação de servidores.
Os Objetivos do Milênio foram criados em 2000 durante a Cúpula do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU), em que 189 nações assumiram o compromisso de cumprir oito metas até 2015. São elas: erradicar a extrema pobreza e a fome, educação básica de qualidade para todos, promover a igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde das gestantes, combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental e estabelecer parcerias para o desenvolvimento.
(Por Luana Lourenço, Agência Brasil, 29/08/2007)