O presidente da Corsan, Mário Freitas, acredita que mais de mil editais serão lançados a partir de setembro pela Caixa Econômica Federal, relativos às obras do PAC no Estado. 'Mas não são apenas recursos federais', esclarece ele. De acordo com Freitas, o Estado entrará com boa parte do dinheiro. 'As obras serão financiadas por três fontes de recursos, que são dinheiro a fundo perdido, crédito do BNDES e da CEF e receita própria da Corsan', afirma. Os recursos a fundo perdido somam R$ 220 milhões, mais R$ 33 milhões de contrapartida estadual, e serão aplicados em três redes de esgoto sanitário: Alvorada-Viamão (R$ 107 milhões), Esteio-Sapiranga (R$ 105 milhões) e Canoas (R$ 41 milhões). A fonte 'financiamentos' prevê R$ 72 milhões da CEF, com R$ 2 milhões de contrapartida, mais R$ 190 milhões do BNDES, com mais uma fatia estadual de R$ 30 milhões. 'Encaminhamos um conjunto de projetos ao BNDES. Falta agora defini-los', revela Freitas. Os recursos da CEF serão aplicados em tratamento de esgoto (R$ 59 milhões) e água (R$ 21 milhões).
OrçamentoO item 'recursos próprios' refere-se aos investimentos da Corsan: R$ 107 milhões este ano, R$ 135 milhões em 2008, R$ 151 milhões em 2009 e R$ 180 milhões em 2010, aplicados meio a meio em projetos de água e esgoto. 'Será investido quatro vezes mais do que no governo anterior', compara Freitas.
DuplicaçãoA comparação do secretário de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano, Marco Alba, vai além. 'Em quatro anos, a Corsan fará mais do que foi feito em 40', diz ele. É que hoje só 13% da população tem esgoto tratado, índice que saltará para 30%. Os 280 mil acessos passarão a 580 mil.
(Por Denise Nunes,
Correio do Povo, 29/08/2007)