Focos de incêndio que destruíram cerca de 5 mil hectares de área verde no Estado do Rio de Janeiro motivaram uma reunião emergencial, nesta terça-feira (28/08), de representantes da Secretaria Estadual do Ambiente, da polícia, da Defesa Civil, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e das Forças Armadas.
O encontro teve como objetivo reunir os órgãos para viabilizar uma força-tarefa de combate aos incêndios, propiciando, assim, a realização de ações conjuntas. O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, falou que a força tarefa vai agir de forma articulada para prevenir os incêndios.
"Fora desse período de emergência vai haver um esforço para fazer um plano de contingência de queimadas, para saber sobre cada uma das unidades”, disse. “Quais as suas especialidades? Os equipamentos que têm? As áreas que atuam? Quais são os telefones de contato? Quais são as unidades de combate? [A intenção é saber] Se os equipamentos que têm e se eles estão adaptados ou não. Nós vimos o caso do Grupo Aéreo Marítimo, que tem os helicópteros que não possuem adaptação".
Segundo Minc, as principais causas de incêndios são a manutenção de pasto para agricultura e a limpeza de estradas, além dos incidentes criminosos provocados por balões, caçadores e limpeza de terrenos baldios, entre outros.
No período de estiagem a vegetação fica seca, o que facilita o alastramento dos focos de incêndio, dificultando o combate ao fogo.
Na última semana incêndios atingiram áreas de preservação ambiental e propriedades privadas. Foram destruídos 1.200 hectares em parques estaduais e federais. Os danos foram grandes, mas a situação saiu do alerta máximo graças, principalmente, às chuvas que atingiram o estado hoje.
Ainda há pontos de fogo na Serra dos Órgãos, na região serrana fluminense. O Parque Nacional de Itatiaia, que possui 30 mil hectares de preservação, foi o mais atingido: perdeu cerca de 800 hectares para o fogo.
(Por Diego Paes, Agência Brasil, 28/08/2007)