Empresas aéreas poderão economizar US$ 3 bi por ano A Iata (sigla em inglês para Associação Internacional de Transporte Aéreo) fez ontem uma "última chamada" às empresas aéreas que ainda emitem passagens em papel. Isso porque todos os bilhetes aéreos deverão ser eletrônicos a partir de 1º de junho de 2008.
Desde junho de 2004, quando a Iata anunciou a eliminação gradual do papel, o bilhete eletrônico (e-ticket) passou a representar 84% do total, contra 16% no momento do anúncio. Por ano, 400 milhões de bilhetes aéreos são emitidos por 60 mil agentes de viagem no mundo, segundo a Iata.
No Brasil, 80% dos bilhetes são eletrônicos, segundo informou a Iata no país. O organismo é responsável pelo faturamento e pela compensação de passagens de 35 empresas aéreas e 4.200 agentes. Em 2006, a Iata contabilizou 4,7 milhões de bilhetes emitidos no Brasil.
Ainda de acordo com a Iata no Brasil, o principal desafio para chegar em junho de 2008 sem emissões em papel é desenvolver a capacidade de as empresas trocarem informações eletrônicas entre si. A entidade afirmou, no entanto, que o prazo será cumprido.
No mundo, a mudança vai permitir economia de US$ 3 bilhões ao ano à indústria de transporte aéreo e salvar 50 mil árvores, conforme projeções da Iata. O custo do bilhete em papel é US$ 9 maior em comparação ao meio eletrônico.
"Em 278 dias, o bilhete em papel se transformará em item de colecionador", afirmou o diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani, em comunicado. Para esse período, o órgão reservou papel para a emissão de somente 16,5 milhões de bilhetes.
Segundo Bisignani, a mudança trará benefícios para passageiros, agentes de viagem, empresas aéreas e ambiente. "Os consumidores vão aproveitar a conveniência e a flexibilidade de viajar sem bilhetes em papel. E os agentes de viagem têm a oportunidade de ampliar a abrangência de seus negócios e servir seus clientes à distância."
(Por Deise de Oliveira,
Folha Online, 28/08/2007)