O Unibanco firmou com o Japan Bank for International Cooperation (JBIC) um acordo para financiamento de projetos voltados para o mercado de créditos de carbono, no valor de 50 milhões de dólares, informou o banco ontem (27/08).
O financiamento contempla prazos de até 12 anos, com carência do principal de até 3 anos. Os prazos, custos e outras condições de cada repasse serão definidos a cada caso, segundo o banco. As parcelas de juros e principal serão pagos semestralmente.
O Unibanco será responsável pela identificação dos projetos elegíveis e os submeterá à aprovação final do JBIC, em Tóquio. O Japan Carbon Finance, uma agência governamental japonesa compradora de créditos de carbono, também poderá apresentar projetos no Brasil ao Unibanco.
Neste mês, a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) informou que vai realizar no dia 26 de setembro seu primeiro leilão de venda de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), ou créditos de carbono.
O leilão eletrônico vai ofertar créditos correspondentes a 808,4 mil toneladas de dióxido de carbono, gerados em um projeto da Prefeitura de São Paulo no aterro Bandeirantes.
O Brasil já é um dos principais geradores de RCEs no mundo, ao lado de China e Índia, por meio de projetos aprovados pela ONU no âmbito dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDLs) do Protocolo de Kyoto de redução das emissões do efeito estufa.
Vários negócios com créditos de carbono têm sido realizados por empresas brasileiras, mas sempre diretamente com interessados nos países desenvolvidos, com a intermediação de bancos ou consultorias.
Países ricos que possuem metas de redução de emissões compram os créditos. As nações em desenvolvimento não possuem metas, mas podem gerar créditos por meio dos MDLs
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Reuters, 27/08/2007)