O setor pesqueiro carece de dados sobre os tipos de peixe que são apanhados, a quantidade e a forma como a pesca é feita. Para tanto, pretende criar um programa que aumente sua eficiência, implementando um sistema de catalogação.
“Os pescadores, por exemplo, iriam anotar a quantidade de pescado que eles têm e então passariam para uma central que reúna essa informação toda. Um programa que admita a inclusão de diversas experiências”, explica Eduardo Paes, coordenador científico do 1º Seminário Nacional de Monitoramento e Estatística da Atividade Pesqueira. O evento foi promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A idéia foi debatida num seminário encerrado no último fim de semana, com o objetivo de discutir um novo modelo de estatística pesqueira para o Brasil. As propostas serão reunidas num documento que deve ser divulgado em breve pelo Inpe.
O diretor de Ordenamento, Controle e Estatística da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Mauro Luís Ruffino, que também participou do seminário, afirma que o setor pesqueiro não dispõe dos dados necessários. “O setor carece de uma série de informações, não só de avaliação de estoques, mas sobretudo de mercado, preços, taxas de consumo".
Segundo ele, esse levantamento é essencial para o governo elaborar políticas para o setor, assim como para incentivar a produtividade. “Se tivermos um sistema nacional integrado, fazendo uma estatística com uma metodologia mais aperfeiçoada, podemos ter um aumento da produção pesqueira”.
(Por Roberta Lopes, Agência Brasil, 27/08/2007)