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2007-08-27
A extração do cascalho que estava sendo usado na recuperação de ruas e estradas de Cachoeira do Sul foi embargada sábado durante uma operação desencadeada pelo 2º Batalhão Ambiental da Brigada Militar, de Rio Pardo. Após receber a denúncia anônima de que a retirada do mineral estava ocorrendo ilegalmente, os policiais militares foram fiscalizar a jazida, que fica em uma propriedade na localidade do Piquiri, na BR 290, em Cachoeira. Quando os brigadianos chegaram, o cascalho era retirado por uma escavadeira da Terra Fácil, empresa de Santa Cruz do Sul que é contratada pela prefeitura para prestação de serviços.

De acordo com o sargento Marcos Rogério Camargo, que comandou a operação, além da máquina foi apreendido o caminhão que estava sendo usado para transportar o cascalho. Segundo o sargento Rogério, por não haver uma autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) ou licença da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para extração do cascalho, o operador da máquina e o motorista do caminhão foram presos em flagrante pela Brigada pela extração de recursos minerais sem a devida autorização, crime que tem pena prevista de seis meses a um ano de detenção e multa. Os dois foram conduzidos à Polícia Federal de Santa Cruz do Sul, onde foi feito um registro da ocorrência e instaurado um termo circunstanciado.

Basalto
O sargento Rogério salienta que o cascalho extraído era originado de pedras de basalto, material que vem sendo testado pela prefeitura como alternativa para eliminar o barro e a poeira das vias não pavimentadas. Segundo ele, a extração era feita em uma área com cerca de 6,6 mil metros quadrados. Para o secretário municipal de Obras, Hélio Mercadante, a falta de bom senso acaba impedindo que o trabalho em busca de oferecer melhores condições de trafegabilidade tenha continuidade. “Estão fazendo tempestade em copo d’água. Nós já estávamos providenciando os pedidos de licença, o que acabou atrasando. No entanto, como a situação de algumas ruas e estradas era precária, não podíamos esperar. Nós pensamos no bem coletivo. Estamos querendo melhorar, mas assim fica difícil de trabalhar”, lamenta Mercadante. Ele salienta que esta não é a primeira vez que é extraído cascalho dessa jazida e que agora a Prefeitura não tem onde tirar o mineral para recuperar as ruas e estradas.

Atenção
O prefeito Marlon Santos se reuniu no sábado à tarde, em sua residência, com o secretário municipal de Governo, Ivan Gaira, onde começou a discutir uma forma de resolver o impasse. O secretário municipal de Obras, Hélio Mercadante, foi outro acionado por Marlon para discutir o problema. A preocupação dos três é que a situação seja resolvida sem prejuízos para o proprietário da jazida. “O cascalho era extraído de graça”, frisa Marlon.

Importante
O sócio-proprietário da Terra Fácil Gerson Tolotti afirma que sua empresa tem um contrato com a Prefeitura de Cachoeira do Sul para prestação de serviços, e a extração de cascalho no Piquiri era um deles. “Trabalhamos em diversas obras. A extração de cascalho era emergencial para recuperar estradas, por isso estava sendo feita no final de semana”, frisa Tolotti. Para ele, “vaidades políticas podem ter motivado à denúncia, e isso acaba atrapalhando o serviço prestado para a comunidade”. Tolotti salienta que não ocorreu nenhum crime ambiental no Piquiri e que a jazida de onde era retirado o cascalho não é uma área de preservação.

Prefeito Marlon fica frustrado
Mesmo sabendo que essa extração de cascalho estava sendo feita irregularmente a mando da prefeitura, o prefeito Marlon Santos não escondeu sua indignação com o embargo. “Se as ruas e estradas não são encascalhadas, oferecendo risco para quem transita nessas vias, nós somos bandidos. Se nos preocupamos com a segurança da nossa comunidade, nós também somos bandidos”, critica Marlon. Segundo ele, esse cascalho estava sendo usado para recuperar o acesso à Granol, por onde todos os dias passam carretas carregadas, e para recuperação das estradas no distrito de Barro Vermelho.

Para o prefeito Marlon, a denúncia feita para o 2º Batalhão Ambiental não foi feita por alguém preocupado com o meio ambiente. “Isso é politicagem. Quando não existe bom senso, a comunidade acaba sendo prejudicada. Enquanto funcionar a politicagem, a previsão de desenvolvimento de Cachoeira é muito pequena. Com isso, os candidatos deitam e rolam e a comunidade perde. A única coisa que peço é que os politiqueiros deixem a gente trabalhar”, frisa Marlon.

Coragem
Ele salienta que em governos anteriores o cascalho usado pela prefeitura para recuperar as vias da cidade e interior também foi retirado dessa propriedade no Piquiri. “Não fizemos nada escondido. Não pagamos pelo cascalho. Nós ganhamos o cascalho”, observa o prefeito. Ele pretende ir pessoalmente à Fepam buscar uma solução para o impasse, “pois o Município não tem de onde tirar cascalho”. Como a situação não deve ser resolvida a curto prazo, Marlon avisa que se necessário irá extrair cascalho dessa jazida novamente. “Eu tenho coragem. Se tiver que ir lá, vou buscar cascalho e não vou deixar que uma van cheia de crianças sofra um acidente em alguma estrada do interior”, garante Marlon.

(Jornal do Povo, 27/08/2007)
 

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