Superintendentes do Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis vão propor alternativas para intensificar o combate aos efeitos da desertificação. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente a desertificação afeta 30 milhões de pessoas no país, principalmente nos estados do Nordeste, onde mais de 55% do território são atingidos pela degradação da terra. As medidas estão sendo discutidas em um seminário que poderá definir uma nova política para o meio ambiente no Nordeste.
O superintendente do Ibama em Pernambuco, João Arnaldo Novaes, adiantou que uma das sugestões é a de que todos os processos de utilização de uso do solo em atividades agropecuárias estejam, a partir de agora, associados a atividades agroflorestais sustentáveis.
O superintendente destacou que é preciso tomar medidas urgentes também no sentido de evitar que a seca, fenômeno climático natural , possa se agravar em consequência do aquecimento global do planeta. Ele informou que somente em Pernambuco, 60% do território do estado vem sendo afetado pela estiagem, com prejuízo de mais de 80% para as lavouras de milho e feijão.
Ricardo Padilha, representante do Programa de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, do Ministério do Meio Ambiente, disse que o principal desafio é ampliar as ações existentes nessas áreas, centralizando o foco no desenvolvimento sustentável, a partir da preservação da natureza.
“A estiagem no Brasil é um assunto que está sendo trabalhado há pelo menos um século, com ações da Companhia do Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). O principal desafio é modernizar as iniciativas para que tenham foco maior no desenvolvimento sustentável”, afirmou.
(AmbienteBrasil, 24/08/2007)