O engenheiro agrônomo e presidente da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Benami Bacaltchuk, acredita que não foi criminoso o incêndio ocorrido na semana passada no Centro de Pesquisa de Florestas, localizado no Distrito de Boca do Monte. Para ele, tudo indica que não passou de incidente o fogo que atingiu 120 dos 524 hectares da unidade. O Centro tem foco principal na pesquisa florestal e é um dos 23 mantidos pela Fundação no Estado.
O diretor-presidente da Fepagro esteve em Santa Maria na quarta-feira, uma semana após o episódio e três meses depois de ter assumido o cargo. Acompanhado do diretor técnico de Pesquisa, Ronaldo Matzenauer, o dirigente visitou a unidade local, reuniu-se com os funcionários, mas não chegou a percorrer a área incendiada.
Bacaltchuk afirmou que todo incêndio, de qualquer proporção, é sempre desastroso quando acontece em um lugar de pesquisa. “Uma floresta leva no mínimo 20 anos para se formar. Cada árvore incendiada representa uma pesquisa genética perdida”, salienta. A intenção da direção da Fepagro é retirar da área queimada todo material que puder ser aproveitado e transformado em madeira. No entanto, isso só poderá ser feito após o recebimento de autorização legal. Por enquanto, a intervenção no local incendiado está proibida porque a perícia que irá determinar as causas do incêndio ainda não foi realizada.
Na passagem pela cidade, Benami Bacaltchuk ressaltou a importância do trabalho realizado pela Fepagro nos diferentes segmentos da agropecuária onde atua. A fundação desenvolve pesquisas nos setores de recursos naturais e qualidade ambiental, sistemas de produção animal, sanidade animal, aquacultura e pesca, recursos genéticos e produção de grãos, sistemas de produção de frutas, sistemas de produção de hortaliças, plantas medicinais, aromáticas e ornamentais, além do desenvolvimento de projetos especiais.
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A Razão, 24/08/2007)