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áreas contaminadas cetesb
2007-08-24

Com o objetivo de trazer a seus associados assuntos e informações sobre a problemática da preservação ambiental, e promover a conscientização de seu setor de atividade, a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio) realizou nesta quarta-feira (22/08) o segundo encontro do recém-criado Conselho de Estudos Ambientais da entidade, presidido pelo professor José Goldemberg.
Neste encontro, para o qual foi especialmente convidado o presidente da Companhia de Tecnologia e Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Cetesb), Fernando Rei, foram debatidas as causas da poluição do ar e dos rios, e suas conseqüências no meio ambiente e, principalmente, na saúde da população. Segundo o professor Goldemberg, que introduziu a discussão, a população mundial hoje gira em torno de 6 bilhões de habitantes, gerando em torno de 48 bilhões de toneladas de resíduos por ano.

Como conseqüência desse crescimento, conforme Goldemberg, os problemas ambientais locais, regionais e globais se multiplicam em uma escala vertiginosa, sem que os governos desenvolvam políticas públicas compatíveis que atendam a uma solução satisfatória: “A poluição local caminha lado a lado com a pobreza, tanto nas pequenas comunidades, quanto nas grandes cidades”.

O ex-secretário do Meio Ambiente apontou, também, como um dos principais problemas, que atualmente afetam a humanidade, o consumo de combustíveis fósseis destinado ao transporte e à indústria. E fez um paralelo, lembrando um episódio ocorrido em 1952, quando concentrações de poluentes na atmosfera associado a um “fog” intenso que se abateu em Londres, foi responsável por 4 mil mortes e mais de 200 mil casos de doenças do aparelho respiratório.

Segundo o professor, esse evento levou à aprovação da Lei do Ar Puro na Inglaterra, em 1956, estabelecendo limites para a emissão de poluentes na atmosfera. Outras leis se seguiram, na América do Norte (Lei do Ar Puro, em 1970), e em diversos outros países da Europa. “A poluição urbana do ar é, paralelamente, o produto indesejável mais visível da civilização”, apontou Goldemberg.

Já Fernando Rei, corroborando as observações do professor Goldemberg, lembrou aos presentes que apesar das ações de controle e de fiscalização desenvolvidas pelo órgão ambiental paulista, a Região Metropolitana de São Paulo recebe, anualmente, um acréscimo de 500 mil novos veículos automotores, que representam um aumento significativo das emissões de monóxido de carbono, hidrocarbonetos, material particulado e outras substâncias nocivas à saúde.

No entanto, o maior desafio apontado pelo presidente da agência ambiental diz respeito a reduzir a degradação do solo. “Atualmente temos, na Cetesb, um cadastro de 1.600 áreas contaminadas em nosso Estado, podendo esse universo chegar até a 20 mil áreas”, informou.

Apesar da gravidade do problema, o presidente da Cetesb observa que o governo Serra e os órgãos do sistema ambiental do Estado têm feito sua lição de casa e vêm desenvolvendo ações que procuram senão resolver, pelo menos minimizar as conseqüências ambientais. “Vejo um cenário positivo, embora muito trabalho ainda necessita ser feito”, acrescenta Fernando Rei, conclamando os municípios que ainda não se engajaram a fazê-lo, tornando-se atores fundamentais na questão do desenvolvimento e aplicação de políticas públicas voltadas para a preservação ambiental.
 
(Por Renato Alonso, Ascom Cetesb, 23/08/2007)  
 


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