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2007-08-24
Um grupo de macacos-vervet está dando muito trabalho e tirando o sono de moradores de um vilarejo do Quênia, ao destruir plantações e causar escassez de alimentos. Em meados deste mês, um deputado local, Paul Muite, pediu ao governo que ajude a conter seu comportamento agressivo. Mas Muite provocou risos no Parlamento em Narióbi, capital do país, ao dizer que os macacos estavam intimidando e caçoando das mulheres em um vilarejo. As mulheres em Nachu, no sudoeste de Kikuyu, estão reclamando justamente disso.

Intimidação sexual
Elas estimam que até 300 macacos estejam invadindo as fazendas ao amanhecer, e comendo o milho, batatas, feijões e outras colheitas que pertencem ao vilarejo. E como as mulheres são as responsáveis pelas fazendas, elas é que estão tendo que encarar mais o problema, pois tentam proteger as suas colheitas.
    
Esta moradora diz que os macacos atacaram o espantalho
Elas dizem que os macacos têm mais medo de homens jovens do que de mulheres e crianças e os mais ousados atiram pedras e correm atrás das mulheres para que elas deixem a plantação.As mulheres de Nachu vestiram as roupas de seus maridos em uma tentativa de enganar os macacos - de fazer com que pensassem que se tratava de homens. A tática, contudo, não funcionou, dizem. "Quando nós aparecemos para expulsar os macacos (das plantações), vestimos calças e usamos chapéus, para ter a aparência era de homens", disse a moradora Lucy Njeri.

"Mas os macacos podem distinguir (entre homens e mulheres) e não correram de nós. Eles apontaram para nossos seios. Eles nos ignoraram e continuam a roubar as colheitas." Além de roubar as colheitas, os macacos também fazem gestos sexualmente explícitos para as mulheres, dizem elas. "Os macacos agarram os seus seios e fazem gestos para nós enquanto apontam para suas partes íntimas. Temos medo de que eles queiram nos intimidar sexualmente", afirmou Njeri.

O Serviço de Vida Selvagem do Quênia disse que não é incomum que macacos intimidem mulheres e tenham menos medo delas do que dos homens. Mas nunca tinham ouvido falar de macacos fazendo gestos sexualmente explícitos como forma de comunicação com seres humanos. A comunidade predominantemente agrícola agora está tendo que receber suprimentos em caráter humanitário. Os moradores dizem que os macacos mataram animais de rebanho e cães de guarda, o que os deixou temerosos pela segurança de bebês e crianças.

Todas as tentativas dos moradores do vilarejo de controlar os macacos fracassaram - os animais escapam de armadilhas, fazem vigílias para alertar outros de ataques iminentes e rejeitam comida envenenada oferecida pelos moradores. "O grupo tem vigias que ficam de guarda e quando eles percebem que estamos nos aproximando, dão sinais para que os que estão nas fazendas fujam", disse uma outra moradora da área, Jacinta Wandaga. A cidade foi alertada pelo Serviço de Vida Selvagem do Quênia para não ferir ou matar nenhum dos macacos, pois isso é crime.

Sem muita opção, os moradores estão realizando a colheita mais cedo para tentar salvar o que podem neste ano. Infelizmente isso só tem estimulado os macacos a invadir suas casas e roubar os produtos armazenados. Até a formação de um "esquadrão anti-macacos" para vigiar os movimentos dos animais e mantê-los à distância fracassou. A área é vasta demais para ser coberta por um punhado de voluntários, dizem.

Alguns moradores perderam a esperança e abandonaram casas e fazendas, mas os que ficaram, como James Ndungu, de 80 anos, estão fazendo um apelo desesperado por ajuda. "Pelo amor de Deus, o governo deveria ter pena de nós e expulsar estes macacos porque nós não queremos abandonar nossas fazendas", disse ele. "Eu imploro, por favor venham e levem estes animais daqui para que possamos cultivar a terra em paz."
(Por Juliet Njeri, BBC, 23/08/2007)

 

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