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altas temperaturas baixas temperaturas
2007-08-24

A arquiteta Claudia Cotrim Pezzuto realizou estudo em parte da região central de Campinas com o objetivo de avaliar a influência da ocupação do solo urbano no clima do município. “Os resultados da pesquisa podem auxiliar o planejamento urbano com ênfase no conforto térmico da população”, explica a arquiteta, que defendeu tese de doutorado na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC), sob orientação dos professores Lucila Chebel Labaki e Lauro Luiz Francisco Filho.

Temperatura confortável oscila entre 17ºC e 27ºC

A pesquisa, financiada pelo CNPq, mostrou que os resultados provenientes do monitoramento demonstram que a formação dos ambientes térmicos da cidade está diretamente associada aos aspectos de morfologia do seu entorno.

O estudo foi realizado no quadrilátero que se inicia na avenida Moraes Sales, passa pelas avenidas Anchieta, Brasil e José de Souza Campos (conhecida como Norte-Sul), até chegar na Heitor Penteado, nas proximidades do Parque Taquaral. Foram instalados 12 equipamentos de medições de temperatura do ar que eram acionados de dez em dez minutos, durante 12 dias consecutivos.

As medições ocorreram tanto no verão quanto no inverno. Em paralelo, Claudia Pezzuto realizou medições móveis, com aparelhos instalados em um veículo que percorria o trajeto da área de estudo.

A arquiteta constatou que, no período de inverno, as temperaturas mínimas mais acentuadas foram observadas durante a madrugada no ponto da avenida Norte Sul. Segundo a arquiteta, a proximidade com o córrego local contribui para um rápido resfriamento no período noturno.

Durante o dia, no entanto, esta mesma região é uma das mais quentes da área de estudo, assim como a região com edificações predominantemente térreas, fator que contribui para um maior acesso solar.

Por outro lado, a região do Cambuí apresentou as temperaturas mais elevadas durante a madrugada. Neste caso, a presença predominante de edificações altas dificulta o acesso solar e contribui para o armazenamento térmico durante o dia, impedindo o rápido resfriamento noturno.

Além das medições, Claudia montou um banco de dados, a partir do Sistema de Informação Geográfica (SIG), e também recorreu a uma foto aérea da cidade e à digitalização de mapas. Cruzou informações com base na morfologia, áreas verdes, impermeabilidade do solo e dados do IBGE sobre densidade populacional e habitacional. Todo o levantamento resultou na divisão do quadrilátero da região central estudada em quatro Unidades Climáticas Urbanas.

A autora da tese também aplicou um questionário aos pedestres que transitavam pela área, o que corroborou os resultados das medições. Para os pedestres, a área mais confortável do ponto de vista térmico é o Parque Taquaral.

Por meio de análises estatísticas, também se buscou o intervalo de temperatura de conforto, através da combinação da variável sensação térmica, declarada através do questionário e, temperatura do ar, coletada através das medições.

Conforto térmico 

O intervalo de temperatura do ar confortável para a região de estudo encontra-se entre 17,68°C e 27,44°C. Pelas análises, os dados de inverno e verão se cruzam na temperatura de conforto igual a 22° C, coincidentemente uma temperatura agradável do ponto de vista térmico.

Os dados urbanos também foram comparados com os dados da Estação Meteorológica do Centro de Pesquisa e Agricultura (Cepagri) da Unicamp, localizado fora da área urbana de Campinas. O período de inverno apresentou uma diferença de 7ºC em comparação com os 4,75º C no período de verão.

“Percebe-se que as diferenças de temperatura entre a estação do Cepagri e o centro urbano se acentuam no final do dia, indicando claramente a maior capacidade de armazenamento de calor e conservação de energia na área central da cidade”, conclui.

(Por Raquel do Carmo Santos, Jornal da Unicamp, 23/08/2007)


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