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amazônia instituto chico mendes
2007-08-23
O conteúdo do documento final do 1º Encontro de Secretários Estaduais de Meio Ambiente sobre Mudanças Climáticas, denominado “Carta do Rio Negro”, foi divulgado ontem pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS).  Redigido e compilado pelos pesquisadores José Antonio Marengo (Inpe-foto) e Mariano Cenamo (Idesam), que participaram na capital amazônica do encontro, ocorrido seis dias atrás, o termo indica que a alta na temperatura de 4 0C a 8 0C (no cenário mais pessimista) e a redução drástica na quantidade de chuvas na Amazônia são grandes preocupações do governo do Estado para os próximos anos.

Em suma, a carta reforça as projeções dos modelos climáticos globais de Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).  Uma das perspectivas do documento, cujo acesso pode ser feito na íntegra pelo http://www.sds.am.gov.br/, é que o aquecimento global ocorrido nos últimos 50 anos é predominantemente causado pelas atividades humanas.

“Na Amazônia, as temperaturas médias anuais subiram 0,83 ºC nos últimos 100 anos e as projeções dos modelos regionais do Inpe apontam para aumentos da temperatura de 4 ºC a 8 ºC, no cenário mais pessimista”, registra o documento.  Outro ponto o qual ressalta a carta é a constituição de um Grupo de Trabalho sobre Mudanças Climáticas, com atuação direcionada para a Amazônia.

A perspectiva de que o leste Amazônico tenha uma diminuição de até 40% no nível das chuvas também é ressaltada.  Além disso, é destacado que “A Amazônia e Nordeste constituem o que poderia ser chamado de ‘áreas de acentuada mudança climática’ e representam as regiões mais vulneráveis do Brasil às mudanças de clima”.

De acordo com dados da carta, a população amazonense mais pobre será a mais “impactada” pelos efeitos decorrentes das mudanças climáticas, especialmente aos extremos de curto prazo como ondas de calor, chuvas intensas e tempestades, secas e cheias.

Energia e Ibama
No documento, foram manifestadas as preocupações sobre os prováveis impactos ambientais negativos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) — que prevê a construção de hidrelétricas na Amazônia — e especialmente acerca da excessiva ênfase em termelétricas em demais áreas do Brasil.

Há pouco mais de um mês, o governo do Estado do Amazonas foi informado de modo não-oficial que o governo federal planeja construir mais de 70 hidrelétricas na região, o que, segundo especialistas em mudanças climáticas como Antonio Manzi, do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera da Amazônia (LBA/Inpa), deve ser muito bem estudado — para que não ocorram problemas ambientais futuros.

Manzi, que falou sobre o tema ainda na 59ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em julho, no Pará, chegou até mesmo a enfatizar que o LBA está à disposição do governo do Estado para ajudar com informações científicas precisas, caso seja necessário.

Por fim, o documento ressalta “a preocupação com o processo de reformulação institucional do Ibama, incluindo o possível fechamento de escritórios; fato que pode resultar em graves prejuízos para a gestão ambiental no Brasil”, conforme destaca a carta.

(Por Renan Albuquerque, Amazonas Em Tempo, 22/08/2007)


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