Brasil e Argentina voltaram a discutir a realização de projetos hidrelétricos binacionais na região de fronteira. A expectativa do governo brasileiro é de que em 30 meses esteja pronto um estudo de viabilidade completo sobre a área de fronteira que abrange o Rio Uruguai, que divide o Rio Grande do Sul da província platina de Missiones.
O prazo foi determinado na última reunião da Comissão Mista Brasil-Argentina, quando os ministros dos dois países pediram o reinventário de estudos elaborados nos anos 80, ocasião em que Brasil e Argentina firmaram tratado para explorar o potencial hidrelétrico na fronteira.
De acordo com o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, a Eletrobrás, pelo lado brasileiro, e a Ibiza, pelo lado argentino, se comprometeram a fazer o reinventário do Rio Uruguai, para determinar o potencial hidrelétrico da região em função dos requisitos ambientais, que aumentaram nos últimos 20 anos.
Pelo estudo original, havia a possibilidade de construção de três usinas: Garabi, Roncador e São Pedro. Originalmente, Garabi geraria 1.800 MW. No caso de Garabi, com os estudos prontos tomaremos uma decisão daqui a 30 meses: fazer uma usina binacional ou não, disse Zimmermann, que participou hoje do II Seminário de Energia Elétrica e crescimento, organizado pela FGV Projetos, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
(Rafael Rosas,
Valor Online, 22/08/2007)