Um incêndio que teve início na terça-feira (21/08) no Parque Nacional de Brasília não pôde ainda ser controlado pelos 200 homens que trabalham no local, segundo o tenente-coronel Vanderlei Faria, que coordena as operações. “Esse é o pior incêndio dos últimos anos do Parque Nacional”, disse.
Segundo o tenente, o fogo começou por volta das duas da tarde de terça (21/08) e depois de 24 horas de trabalho ininterrupto do Corpo de Bombeiros, das Brigadas de Combate ao Incêndio do Ibama e do Exército, “a situação é crítica e o fogo está fora de controle”.
“Nossa esperança é resolver esse problema o mais rápido possível”. O tenente avalia que já foram queimados quilômetros da reserva. Imagina-se que o incêndio tenha começado com a queimada dentro de uma chácara, e tenha se espalhado com o vento.
Depois de controlado, os bombeiros terão ainda que fazer um trabalho de “rescaldo”, para evitar que as cinzas, com o vento, acendam o fogo novamente.
Todos os batalhões do Corpo de Bombeiros foram acionados. Duzentos homens trabalham no local, e cerca de 22 viaturas, entre carros de água, ambulâncias e carros de transporte de tropas.
“Esse incêncio, além da perda da biodiversidade, a fumaça gerada por ele, fuligem, traz problemas respiratórios sérios para a população das cidades satélites como Cruzeiro, Brazlândia e Taguatinga (a mais populosa do DF), além dos condomínios que ficam na região do Alto Colorado.
O parque, conhecido como Água Mineral - tem duas piscinas de água corrente, abertas para visitação -, abrange uma área de 30 mil hectares - aproximadamente, o mesmo que 30 mil campos de futebol. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), podem ser encontrados alguns grandes mamíferos já ameaçados de extinção como o veado campeiro, o Lobo-guará, o Tamanduá bandeira, o Tatu canastra. O parque é uma reserva do ecossistema típico do Planalto Central, chamado "cerrado".
(Por Marcos Chagas,
Agência Brasil, 22/08/2007)