O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, defendeu ontem (22/08) em entrevista coletiva a emissoras de rádio parceiras da Radiobrás a transposição do Rio São Francisco como uma das principais formas de desenvolver o Nordeste. Para ele, a transposição e outras pequenas obras se complementam.
Falacioso é dizer que o semi-árido nordestino poderá ser abastecido exclusivamente com poços artesianos, barragens subterrâneas e essas soluções, disse Geddel, referindo-se às críticas de que obras menores e mais baratas poderiam substituir a transposição. É importante desenvolver o Nordeste como um todo para evitar a fuga de nordestinos, a exportação de nordestinos pobres para inchar as grandes cidades. [É preciso] fazer com que eles tenham condições de nascer, crescer e morrer com dignidade.
O ministro da Integração Nacional acredita que a transposição do Rio São Francisco não deve parar com a mudança de governo, a partir de 2010. Ainda neste governo, segundo ele, será concluído o eixo leste da obra e iniciado o eixo norte.
Vamos fazer que a obra esteja em funcionamento para que qualquer governo que suceda o presidente Lula tenha o compromisso de levá-la até o final. A partir daí, a importância da obra ficará tão patente que qualquer governo levará adiante, prevê Geddel.
O projeto de transposição vai atender a 12 milhões de pessoas no Nordeste Setentrional (área mais seca do país), e prevê a construção de dois eixos (canais): um a Leste, que levará água para Pernambuco e Paraíba, a partir da captação no lago da barragem de Itaparica; e outro na direção Norte, abastecendo o Ceará e o Rio Grande do Norte com a retirada sendo feita nas imediações da cidade de Cabrobó (PE).
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Agência Brasil, 22/08/2007)