As dificuldades para coibir ações de pichadores contra o patrimônio público levou a prefeitura de Porto Alegre a buscar alternativas. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) usará tinta antipichação na reforma de 12 viadutos da cidade.
As obras começarão pelo viaduto Dom Pedro I, no entroncamento da avenida Borges de Medeiros com a rua José de Alencar, no bairro Menino Deus. O custo da reforma é de R$ 850 mil, com previsão de conclusão dos trabalhos em outubro do ano que vem.
Antes da pintura, serão feitas a limpeza e a raspagem das paredes dos viadutos. Depois do Dom Pedro I, será a vez de Açorianos, Imperatriz Leopoldina, Loureiro da Silva, Conceição, Ildo Meneghetti, Tiradentes, Obirici, José Utzig, Jaime Caetano Braun, Mendes Ribeiro e Teresópolis. Em cada viaduto, o trabalho deverá ter a duração de 30 dias, dependendo do tempo. Se houver chuva além da média, poderá ocorrer atraso.
O diretor-geral do DMLU, Mário Moncks, destacou que o grande diferencial do trabalho é o uso da tinta antipichação, que permitirá retirar com relativa facilidade qualquer material aplicado sobre os viadutos. 'Será possível mantê-los sempre limpos e com boa aparência', disse. Quando a pintura for iniciada no viaduto Dom Pedro I, a prefeitura deve fazer uma demonstração pública da tinta antipichação. A expectativa é desestimular a ação de vândalos contra os viadutos, atualmente entre as estruturas mais visadas.
O viaduto Otávio Rocha, localizado na avenida Borges de Medeiros, sob a rua Duque de Caxias, não foi incluído na revitalização por se tratar de monumento tombado pelo Patrimônio Histórico. O uso da tinta especial no local deverá ser aprovado após comprovação de que não causaria danos à estrutura da edificação. A ação de pichadores pode ser denunciada na Capital pelo telefone 153, do Disque-Pichação.
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Correio do Povo, 22/08/2007)