Os pesquisadores Ana Luiza Burliga Miranda e Antonio Carlos Bearmord, do Laboratório de Estudos de Impactos Ambientais do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar), da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), e Lezilda Carvalho Torgan, da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, descobriram nas próximidades de Barbacena, no Estado do Pará, na região Amazônica, uma nova espécie de alga. A descoberta foi registrada em publicação na revista inglesa Diatom Research.
A nova espécie de alga foi encontrada em rochas submersas e sobre o folhiço, em nascentes de um igarapé durante uma expedição cientifica na região: "Nas amostras analisadas, constatamos que esta espécie não se encaixava em nenhuma descrição conhecida", disse Ana Luiza Burliga Miranda, pesquisadora da Univali. A nova espécie foi batizada de Eunotia Aeriengae. Ana Luiza explicou ainda que o gênero Eunotia é conhecido, porém a espécie Ariengae é nova para a ciência.
"Trata-se de uma alga microscópica, que foi classificada cientificamente como do grupo das diatomáces, pertencentes a divisão heterokonthophyta, na classe bacillariophyceae e possue como particularidade carapaça impregnada de sílica", falou a pesquisadora. A denominação Ariengae foi dada por ter sido encontrada no igarapé Arienga. As nascentes desse igarapé são de aguas ácidas e possuem baixa condutividade elétrica.
Essa nova especie possui forma e tamanho diferente de outras espécies do gênero Eunotia, além de estruturas especificas, como canais de secreção de mucilagem, ou compostos viscosos, utilizadas para fixação. Ana Luiza explicou que esses canais foram visualizados em microscopia óptica e eletrônica, porém quando estas células estão agregadas em filamentos elas podem ser visualizadas a olho nu: "E foi assim que nós a encontramos", explicou a pesquisadora.
(Gerência de Comunicação e Marketing Institucional/Univali, 21/08/2007)