Tipo de trabalho: Dissertação de Mestrado
Instituição: Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas (Feagri/Unicamp-SP)
Ano: 2007
Autor: Edu Max da Silva
Resumo:
Uma das maiores dificuldades no gerenciamento do confinamento de gado leiteiro é a grande quantidade de dejetos produzidos diariamente numa área reduzida, que pode ser uma ótima opção de fertilizantes ou um enorme potencial poluente, dependendo de como é feita a disposição destes dejetos, um dos principais desafios para criadores e especialistas. No Brasil, o destino dos efluentes brutos dos confinamentos de vacas leiteiras, foi e continua sendo os cursos d’água usando o ultrapassado método da diluição, como única forma para eliminar os resíduos das instalações e com isso podendo provocar a eutrofização de rios, riachos, lagos e lagoas. Diante da impossibilidade da instalação de uma ETE em escala real para o tratamento dos efluentes brutos oriundos da Unidade Educativa de Produção (UEP) de bovinocultura-leite da Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes/MG (EAFI/MG), a opção foi a implantação de um projeto piloto, no Sítio Nossa Senhora da Conceição, com as condições tanto topográficas como climáticas idênticas, para tratar 10% de um efluente similar ao produzido na UEP de bovinocultura leite da EAFI/MG. O sistema implantado era composto por 3 unidades, sendo uma lagoa anaeróbia, uma lagoa facultativa e um pós-tratamento utilizando um leito cultivado (“constructed wetland”). A lagoa anaeróbia não suportou o lançamento do efluente bruto lançado na ETE piloto para tratamento de águas residuárias oriundas da sala de ordenha da bovinocultura leite. Para reduzir a quantidade de sólidos flutuantes na lagoa anaeróbia, a recomendação apresentada foi a construção de um tanque tipo séptico capaz de reter os sólidos flotantes. O leito cultivado foi a unidade da ETE piloto que não aparentou mudanças externas para a função a qual foi projetada. A ETE piloto registrou uma remoção média dos parâmetros analisados em torno de: fósforo na forma de (P), (P2O5) e (PO4) 80%; nitrogênio amoniacal (NH3), (NH4), (NH3-N) e (NO3) 88%; DQO 89%, pH médio das amostras analisadas em 6.23; sólidos (ST), (STV) e (STF) 67%; turbidez 60%.