Terceiro maior investidor privado do setor elétrico no país, o grupo Neoenergia vai construir na Bahia três novas pequenas usinas hidrelétricas (PCHs) _ um investimento da ordem de R$257 milhões. A empresa adquiriu da Brascan Energética as autorizações necessárias para a implantação das unidades de Sítio Grande, Palmeiral e Jatobá, localizadas nos rios Grande e das Fêmeas. Segundo informações do grupo, a operação ainda está condicionada à aprovação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
As centrais terão uma capacidade total instalada de 46,3 megawatts (MW), com energia assegurada de 35,3 MW, volume que será comercializado pela Neoenergia no mercado livre. Durante a fase de implantação, os projetos irão viabilizar a geração de 700 empregos diretos no território baiano.
Das três centrais previstas, a Sítio Grande terá a maior capacidade de geração, com 25 megawatts de potência. O empreendimento, orçado em R$130 milhões, será construído no Rio das Fêmeas. A informação é que a unidade já conta com a licença de instalação e as obras de construção deverão começar ainda este ano, após a corporação receber a aprovação da Aneel. A expectativa é que a usina entre em operação em 2009.
Já as PCHs Jatobá e Palmeiral, situadas no Rio Grande, ainda estão em processo de licenciamento ambiental. O início dos trabalhos de implantação dessas duas unidades está programado para 2008. Conforme dados da companhia empreendedora, a usina Jatobá terá uma potência instalada de 11 MW e energia assegurada de 8,06 MW. Na Palmeiral, a capacidade será de 10,3 MW, com 7,60 MW assegurada.
Com a aquisição das novas centrais, a organização ampliará para 11 o número de usinas em projeto ou em construção, sendo sete PCHs, três hidrelétricas e uma termelétrica. Os novos empreendimentos irão agregar mais 442,5 MW à capacidade já instalada da empresa, que é atualmente de 991,2 MW.
O Grupo Neoenergia é o controlador da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), além das distribuidoras Celpe (PE) e Cosern (RN).
Juntas, as três empresas respondem por 58% da energia distribuída no Nordeste e por 7% de toda a distribuição no Brasil. As companhias são responsáveis ainda pelo atendimento a 7,6 milhões de clientes, em 767 municípios, abrangendo uma população de 29 milhões de habitantes e totalizando um consumo de 21,650 mil gigawatts-hora (GWh) por ano. A classe de consumo residencial representa 86% do total de seus consumidores e responde por 41% da sua receita bruta consolidada.
(Por Alan Amaral, Correio da Bahia, 21/08/2007)