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transposição do são francisco
2007-08-21
A Caravana Nacional em Defesa do Rio São Francisco e do Semi-árido iniciou seu percurso no domingo (19/08) em Belo Horizonte (MG) e segue em sua luta contra o incoerente projeto de transposição até o dia 1º de setembro em Maceió (Alagoas). Mais de doze pessoas, entre especialistas e representantes de movimentos sociais, estão confirmadas como integrantes da Caravana.

Eles andarão por onze capitais brasileiras para denunciar os erros do projeto do Governo Federal de transpor as águas do "Chico", para apresentar alternativas viáveis e mais eficientes para o semi-árido e para alertar que a transposição "não matará a sede dos que mais sofrem com a seca - a população difusa, argumento em nome do qual o Governo insiste em uma obra que envolve impactos ambientais, econômicos, políticos e sociais".

As atividades da Caravana incluem debates em Universidades, coletivas de imprensa e visitas aos governadores dos estados. Além de ser distribuída, em todas as cidades pelas quais a Caravana passar, a publicação: "Transposição - Águas da Ilusão", trabalho que reúne os principais argumentos contrários ao projeto do Governo. Ao sair de Belo Horizonte no dia 20, a Caravana chega ao Rio de Janeiro na terça-feira dia 21, de onde segue para Brasília e passa todo o dia 22.

No dia 23, os defensores do São Francisco chegarão a São Paulo e no dia 24 começarão a caminhada pelo Nordeste por Natal (Rio Grande do Norte). No dia 25, será realizada uma visita à barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves (Açude Açu) e no dia 26 a visita será ao açude do Castanhão (Ceará). No dia 27, eles estarão em Fortaleza de onde seguirão para Recife (Pernambuco), João Pessoa (Paraíba), Salvador (Bahia), Aracajú (Sergipe) - passando um dia em cada uma dessas capitais- até terminarem a manifestação em Maceió.

O grupo de participante da Caravana em defesa do São Francisco promoverá discussões e buscará consensos. Eles esperam que o Governo Federal desperte para as reais possibilidades de desenvolvimento sustentável do semi-árido brasileiro e a revitalização das bacias hidrográficas, pois até o momento essas possibilidades são tratadas pelo Governo como medidas compensatórias ou de cooptação e barganha.

A Caravana, que teve seu início adiado em uma semana, tenta impedir a aplicação de grandes recursos financeiros num projeto que faz uso político do sofrimento de um povo sem oferecer solução efetiva. "É preciso levar a água sim, com urgência e de maneira permanente. Só que a transposição não é uma solução adequada dos pontos de vista econômico, técnico, social e ambiental", disseram os integrantes da Caravana em comunicado.

Para os que lutam em defesa do Rio, é impossível distribuir a água bombeada a uma população dispersa e é essa a que mais sofre com os efeitos da seca. O uso dessa água no agronegócio, para irrigação, também é inviável. A água da transposição, em função de ser bombeada com elevado gasto de energia, terá um custo muito alto para o consumidor ou terá que ser eternamente subsidiada pelo Governo Federal.

Um estudo da Agência Nacional das Águas (ANA) aponta alternativas para os municípios com população em torno de 5.000 habitantes e problemas de abastecimento de todo o semi-árido brasileiro (970.000 km2), e não apenas no Nordeste Setentrional (400.000 km2). Caso fossem implementadas as propostas do estudo, essas obras custariam metade do previsto pelo Governo Federal para fase inicial da transposição.

Entre os integrantes confirmados na Caravana estão: Dom Frei Luiz Cappio; os professores Apolo Heringer Lisboa (Universidade Federal de Minas Gerais), João Abner (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), João Suassuna (Fundação Joaquim Nabuco-Recife); o engenheiro Agrônomo e secretário executivo da Articulação do Semi-Árido (ASA), Dr. Luciano Marçal.

E pelos movimentos sociais estão confirmados: o Dr. Ruben Siqueira do Fórum em Defesa do São Francisco, Soraya Vanini Tupinambá da Frente Cearense por uma nova cultura da Água e contra a transposição das águas do Rio São Francisco e os membros de comunidades tradicionais: Antônio Gomes dos Santos, o Toinho Pescador e Marcos Sabaru do povo Timgui-Botó.

(Adital, 17/08/2007)

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