Brasília - As formas para garantir a autonomia das mulheres e a independência serão assuntos da 2° Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, aberta na noite de sexta-feira, em Brasília. Até segunda-feira (20) será discutido como as três esferas de governo - federal, estadual e municipal - podem atuar para melhorar a vida das mulheres com desenvolvimento social e sustentabilidade ambiental.
“Vamos discutir a questão do acesso à terra, moradia, segurança alimentar e a preservação do meio ambiente”, disse em entrevista à Agência Brasil Schuma Schumacher, integrante do Conselho Nacional de Direitos da Mulher (CNDM) e organizadora da conferência. Segundo ela, esses são assuntos que foram discutidos em pré-encontros nos estados e municípios.
Um tema polêmico que deve marcar a conferência é a legalização do aborto. “A proposta [de descriminalizar] saiu em vários estados como uma emergência e uma necessidade”, disse Schumacher. “Não podemos mais conviver com uma lei que impõe à sociedade o que apenas uma parcela quer”, afirmou, acrescentando que "o Estado é laico".
Na abertura do evento, a representante da Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) Ana Falú ressaltou a importância de o governo brasileiro “avançar na garantia dos direitos da mulher sobre o próprio corpo”.
A Conferência Nacional de Mulheres reúne cerca de 2,8 mil participantes escolhidas por votações em encontros estaduais. Além de discutir um plano nacional de políticas públicas no âmbito das três esferas de governo, também vai avaliar a aplicação das medidas propostas em um documento de 2004.
(Por Isabela Vieira,
Agência Brasil, 18/08/2007)