As entidades que integram a campanha "Por um Brasil Livre de Transgênicos", entre elas a Via Campesina Brasil, realizam na tarde desta quinta-feira um protesto contra a liberação comercial do milho transgênico, prevista para acontecer durante a reunião mensal da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
Os manifestantes carregam cartazes que denunciam a "irresponsabilidade da comissão em aprovar o milho geneticamente modificado sem que haja um estudo sobre seus impactos do no meio ambiente ou um plano de monitoramento pós-comercialização e regras para coexistência entre plantações transgênicas e não-transgênicas".
As entidades prometem ainda que, como protesto, cientistas contrários à liberação devem se retirar da sala no momento da votação na CTNBio.
Os movimentos camponeses defendem a "agroecologia e o direito de todos e todas ao acesso a alimentos saudáveis e de qualidade", e argumentam que a solicitação de liberação do milho transgênico no Brasil é feita somente por quatro transnacionais, o que pode levar a um monopólio de produção de sementes de milho no Brasil.
A Via Campesina é uma organização internacional que, no Brasil, é composta pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pelo Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) e pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), entre outros.
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O Globo, 16/08/2007)