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2007-08-16
O governo do Acre lançou nesta terça-feira (14/08) ordem de serviço de R$ 656.910,00 para custeio de atividades do Programa de Apoio às Populações Tradicionais e Pequenos Produtores (Pró-Florestania) da região do Vale do Abunã, no município de Plácido de Castro.

Nesse convênio, 16 associações que reúnem 295 famílias – cerca de 1,5 mil pessoas – estão sendo beneficiadas.

A cerimônia foi realizada na sede da Associação Esperança de Produtores Rurais do Projeto de Assentamento Triunfo, no km 75 da AC-40.

O dinheiro irá custear 4.461 horas de máquinas no preparo de 590 hectares para recuperar áreas degradadas e 38.640 quilos de semente de leguminosas (a principal delas é a mucuna), além de 2.570 horas de assistência técnica.

O acordo envolve a Cooperativa de Proprietários de Caminhões e Máquinas Pesadas (Transcoop), que irá alugar os equipamentos pesados, principalmente, os tratores de esteira.  As associações disponibilizam os tratores de pneu.

A ordem de serviço foi assinada pelo governador Binho Marques e pelo secretário Nilton Cosson, da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof).  Várias autoridades de Plácido, como o prefeito Paulo Almeida e os vereadores Edmilson Ferreira e Edvaldo Melo, presidente da Câmara, além de lideranças comunitárias e a presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetacre), Sebastiana Miranda, estiveram presentes.

Binho falou dos avanços obtidos pelo povo do Acre nos últimos anos a partir do governo da floresta e afirmou ver nesse ato o resultado de muito trabalho e que o próximo passo é o empoderamento comunitário, processo que passa pela unidade e perservança de todos quanto ao desenvolvimento humano e à inclusão social.

“Chega um momento em que o poder público tem um limite e precisa da sociedade.  Agora, é hora de avançar e espalhar as conquistas”, disse, explicando que o Vale do Abunã se localiza dentro de uma Zona Especial de Desenvolvimento (ZED), onde se concentrarão pesados investimentos na recuperação de áreas degradas e na produção familiar.

“Esta foi a região mais afetada pelas políticas erradas de administrações anteriores ao governo da floresta.  Por isso, o sentido do pró-florestania é a gente estar bem e produzir”.

Ramais e Luz para Todos
Plácido de Castro deverá ser o município onde o Programa Luz para Todos irá avançar mais.  Vários fatores, como a mobilização comunitária, facilita os trabalhos.  Já existe um grande trabalho nos ramais do Vale do Abunã, sendo que todas as atividades estão sendo possíveis com as prefeituras.  “E isto é só o começo”, disse o governador.

Até 2010, anunciou, serão piçarrados mil quilômetros de ramais pelo Estado, especialmente, nas zonas de grande produção de alimentos.

Para o prefeito Paulo Almeida, o pró-florestania leva ao seu município a possibilidade de alavancar ainda mais a produção de alimentos, já bastante prevalecente na região.

“É um instrumento e uma política que nos dá oportunidade de transformar Plácido num dos maiores produtores de grãos do Estado”, disse o prefeito.  (Free lance)

Cultivo da mucuna é capaz de dobrar produção
O cultivo consorciado de grãos com as leguminosas, especialmente, a mucuna do tipo preta e branca, pode fazer a produção de grãos dobrar no Vale do Abunã.

A afirmação é de lideranças como o presidente da Associação dos Produtores Rurais da Linha 5, Carletti Machado.

“Com o milho, por exemplo, a adubação orgânica com a mucuna faz produzir 70 sacas por hectare.  Sem ela, a produção cai para 40 sacas, no máximo, por hectare”.

Plantador de amendoim no km 8 do Ramal Epitácio, João Lopes Pereira, está ansioso para começar a aragem de cerca de meio hectare para plantar a mucuna.

A planta é tolerante à seca, à sombra, a altas temperaturas e ligeiramente resistente ao encharcamento.  Tem estabelecimento rápido, competindo, bastante, com as ervas daninhas.  Grande produtora de massa verde.  Adapta-se aos mais diferentes tipos de solo, desde os arenosos até os argilosos, com média fertilidade.  É grande produtora de matéria orgânica, quando usada como adubo verde.  Seu principal atributo é o crescimento no outono.  “Vou plantar muita coisa com a mucuna mas principalmente o amendoim, que é minha principal fonte de renda”, disse o agricultor.

A mucuna, segundo explicou Carletti, fixa ao solo com maior eficiência o nitrogênio atmosférico –quase o dobro da capacidade de outra leguminosa, a puerária.  A mucuna preta é capaz ainda de reciclar nutrientes residuais do subsolo, uma vez que suas raízes crescem agressivamente até as camadas mais profundas.

Cosson: “Pró-Florestania está desde o Tejo até Assis Brasil”
O secretário Nilton Cosson fez questão de ressaltar que o Pró-Florestania é um importante instrumento de empoderamento comunitário porque, em sua essência, agrega valor à agricultura familiar.  Além disso, expandiu-se desde 2002, quando foi criado, e mantém projetos em todas as partes do Acre:

“Esse programa está entre os agricultores, ribeirinhos e extrativistas de todo o Estado, desde a cabeceira do Rio Tejo até Assis Brasil”, disse o secretário, que implantou mudanças para que o programa ganhasse celeridade e alcance o maior número de famílias e comunidades o mais rapidamente possível.

De seu lado, a presidente da Fetacre, Sebastiana Miranda, avalia que o pequeno agricultor tem sido valorizado no governo com vários programas, mais especialmente pelo pró-florestania.

“O governador Binho Maques tomou a decisão política de colocar o pequeno agricultor em prioridade no seu governo”, disse ela.

O que é o pró-florestania?
Público beneficiário: Populações tradicionais, pequenos produtores rurais, através de grupos organizados (Associações, Cooperativas, Sociedade Agrícola e Assemelhados).

Objetivos:
- Apoiar a elaboração dos chamados Planos de Desenvolvimento Comunitários – PDCs, Projetos Produtivos e Estudos Específicos;

- Proporcionar às populações tradicionais e de pequenos produtores rurais apoio a projetos produtivos que maximize o uso dos recursos naturais.

Áreas temáticas dos projetos de produção sustentável e geração de renda:

Recuperação de Áreas Alteradas
- visa incentivar a recuperação de áreas alteradas através da utilização de tecnologias agroflorestais e de silvicultura.

Fomento à Pecuária Orgânica
- visa diminuir a expansão horizontal da atividade de pecuária leiteira, melhorando a sustentabilidade ambiental e econômica da bacia leiteira do Estado, agregando tecnologias para aumento da produtividade de pastagens e melhoria do rebanho, através da inseminação artificial.

Fomento da Cadeia Produtiva
- visa fortalecer a agregação de valor às matérias primas locais, principalmente dos produtos considerados estratégicos na política de desenvolvimento do setor agropecuário, agroflorestal e florestal do Estado.

Extração Sustentável de Recursos Florestais
- visa apoiar a elaboração e implementação de planos de manejo florestal sustentáveis, através de apoio às unidades de pré-beneficiamento e processamento de produtos florestais não-madeireiro, equipamento e material permanente de extração de produtos não madeireiro e madeireiro comunitário, licenciamento e registro de atividades ou produto, capacitação para o manejo, processamento e comercialização.

(A Tribuna, 15/08/2007)


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