O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, pôs em marcha na quarta-feira (15/08) mais uma etapa das obras da central nuclear Atucha II, durante uma visita na qual estava acompanhado da primeira-dama e candidata à presidência para a eleição de 28 de outubro, Cristina Fernández. Atucha II está sendo construída na localidade de Lima (115 km ao norte de Buenos Aires) e deve entrar em operação em meados de 2010, com o funcionamento do gerador de maior potência unitária do sistema interconectado nacional (SIN) de energia.
No ato, Kirchner lembrou que a central atômica de Atucha I foi inaugurada em 1974 pelo fundador do peronismo e três vezes presidente Juan Perón e garantiu que Cristina Fernández fará a mesma coisa com Atucha II em 2010. A primeira-dama lidera a chapa da Frente para a Vitória junto com Julio Cobos, do Partido Radical, e é a favorita, segundo as pesquisas.
Atucha II começou a ser construída em 1981 e deveria ter entrado em operação em 1987. Quando o governo de Carlos Menen (1989/99) privatizou o setor elétrico, porém, ficou sem operador e a obra, com 80% da construção concluída, foi paralisada. O investimento para completar a usina é calculado em 1,5 bilhão de pesos (470 milhões de dólares) e a obra terá um importante impacto ocupacional, pois se estima que, no período de máxima atividade de montagem, ocupará 4.000 pessoas.
A terceira central nuclear somará 750 MW ao sistema elétrico, uma quantidade que, para ser obtida com geradores de ciclo combinado, exigiria 3 milhões de metros cúbicos de gás diários, segundo os técnicos. A outra central nuclear argentina fica na localidade de Río Tercero, na província de Córdoba (centro), e está em operação desde a década de 80.
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AFP, 15/08/2007)