A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta quarta-feira (15/08) que a Lei de Gestão de Florestas Públicas, em processo de implementação, vai mudar a visão tradicional de remoção de florestas.
“Temos cada vez mais que compreender que a floresta em pé é muito mais rentável do que a sua destruição, com perda da biodiversidade, com perda dos serviços ambientas e prejuízo às comunidades”.
Segundo a ministra, a lei permitirá aprofundar o manejo sustentável, o uso dos componentes da biodiversidade, o ecoturismo e várias outras atividades.
Marina Silva fez as afirmações ao participar do 5º Seminário Técnico-Científico de Análise de Dados Referentes ao Desmatamento na Amazônia Legal, em Anápolis (GO), que reuniu representantes de vários segmentos do governo.
O evento teve o objetivo de avaliar os dados do desmatamento na floresta amazônica, que caiu 25% de agosto de 2005 a julho de 2006. A ministra também conheceu um dos aviões radares que fazem o monitoramento da Amazônia, auxiliando no trabalho de fiscalização e acompanhamento do desmatamento e da exploração ilegal de madeira.
Para Marina Silva, os dados de desmatamento no país são estimulantes. Ela lembrou que, desde a implementação do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia (PPCDA), em março de 2004, houve queda do desmatamento por três anos consecutivos. Para o próximo ano, a estimativa é de cerca de 30% menos áreas desmatadas, o que levaria o país ao menor índice, desde o início desse controle, em 1988.
A ministra destacou que os resultados positivos se devem ao esforço dos governos federal e estaduais, junto com a sociedade civil, além das grandes operações do Ibama, junto com a Polícia Federal, que já prenderam mais de 500 pessoas envolvidas em crimes ambientais.
Marina Silva citou os pequenos agricultores e os extrativistas, que têm buscado cada vez mais apoio para desenvolver atividades que não causem impacto nas florestas, nos rios e nos igarapés. Nesse sentido ela destacou o programa Pró Ambiente, que trabalha com pequenos agricultores, com a lógica de pagamentos dos serviços ambientais, para que eles tenham ajuda para desenvolver suas atividades econômicas da maneira correta.
(Por Deborah Souza, Agência Brasil, 15/08/2007)