Algumas das atividades pesqueiras, extrativistas e madeireiras realizadas na Floresta Amazônica nos últimos cinco anos, tendo como foco principal o bem-estar do meio ambiente da região, estão sendo apresentadas esta semana na Ilha do Mosqueiro, em Belém, durante o 6º Intercâmbio de Iniciativas Promissoras do Projeto Pró-Várzea, do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O Pró-Várzea, que começou em 2002, auxilia ribeirinhos, comunitários e indígenas que vivem nos 38 municípios de várzea do
Amazonas e Pará.
Estima-se que pelo menos 115 mil pessoas tenham sido diretamente envolvidas nas atividades e que 100 mil hectares de áreas terrestres e aquáticas tenham sido manejadas, ou seja, ofereceram aos povos da Amazônia frutos, óleos, sementes, peixes, madeira, entre outros produtos, garantindo a preservação da floresta.
O encontro termina sexta-feira (17/08) e conta com a participação dos comunitários envolvidos nos projetos, organizações
governamentais e não-governamentais, além de técnicos e analistas ambientais do Ibama.
"Esse período de intercâmbio será um aprendizado do gestor público para que ele possa ter uma idéia do que a sociedade vem apresentado de resultados e de demanda. Esses são conhecimentos que as agências de desenvolvimento precisam ter para definir prioridades", avalia o superintendente do Ibama no Amazonas, Henrique Pereira.
A coordenadora do projeto de fortalecimento das organizações de pescadores do médio Solimões, em Tefé (AM), Ana Cláudia Torres, apresentou o trabalho realizado em dois anos e meios na comunidade. Segundo ela, a ação, feita em parceria com a prefeitura, garantiu avanços importantes às famílias que vivem na cidade.
"O projeto proporcionou o desenvolvimento dos pescadores como profissionais. Eles foram regularizados e participaram de palestras ambientais e cursos para aprimorar suas atividades e aprender informática".
Ela diz que os ribeirinhos da região de Tefé representam hoje 40% dos sócios da colônia de pescadores da cidade. Torres conta, ainda, que eles participaram de discussões e contribuíram diretamente para os acordos de pesca estabelecidos na região.
Desde que o programa foi criado, 25 projetos foram apoiados. Este será o último ano do projeto.
(Por Amanda Mota, Agência Brasil, 15/08/2007)