Índice de 94,4% mantém o País na liderança mundial, pelo sexto ano
consecutivo
A Associação Brasileira do Alumínio - ABAL e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade - ABRALATAS informaram hoje que o País reciclou 94,4% do total de latas de alumínio para bebidas comercializadas no mercado interno, em 2006. Segundo dados das duas entidades, foram recicladas no ano passado 139,1 mil toneladas de sucata de latas, o que corresponde a 10,3 bilhões de unidades – 28,2 milhões por dia ou 1,1 milhão por hora.
Mesmo ligeiramente inferior ao índice registrado em 2005, o volume coletado em 2006 foi 9,0% maior que o do ano anterior, acompanhando as vendas de latas, que cresceram 11,2% no mesmo período. Essa maior disponibilidade permitiu que outros segmentos de mercado passassem a consumir sucata de lata, o que levou ao aumento do universo de consulta para cálculo do índice.
Essa marca ainda mantém o Brasil na liderança mundial em reciclagem de latas de alumínio tanto entre países onde a atividade não é obrigatória por lei, como no Japão, que em 2006 reciclou 90,9% de latas, ou entre aqueles cuja legislação sobre reciclagem de materiais é bastante rígida, como Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suíça, que em 2005 apresentaram um índice médio de 88%.
Vantagens socioeconômicas e ambientais
Trata-se de um mercado já estabelecido – o País vem liderando o ranking mundial de índice de reciclagem de latas de alumínio desde 2001 – e que, no ano passado, movimentou cerca de R$ 1,7 bilhão. Ao gerar renda e emprego para quase 170 mil pessoas, a atividade de reciclagem de latas comprova sua importância socioeconômica. Em 2006, somente a etapa de coleta (compra de latas usadas) injetou cerca de R$ 540 milhões na economia nacional.
Além dos benefícios sociais e econômicos, a reciclagem de latas de alumínio também favorece o meio ambiente. O processo de reciclagem de latinhas libera somente 5% das emissões de gás de efeito estufa quando comparado com a produção de alumínio primário. Ao substituir um volume equivalente de alumínio primário, a reciclagem de 139,1 mil toneladas de latinhas proporcionou uma economia de 1.976 GWh/ano de energia elétrica ao País, o suficiente para abastecer, por um ano inteiro, uma cidade com mais de um milhão de habitantes, como Campinas (SP). Além disso, poupou 700 mil toneladas de bauxita (minério do qual se obtém o alumínio), que seriam extraídas das reservas naturais brasileiras.
(Envolverde/Assessoria, 14/08/2007)