Representantes de governos e de agências das Nações Unidas lançaram um apelo internacional para reduzir o impacto dos desastres naturais que anualmente cobram mais de 6,6 milhões de vidas somente no continente asiático. O pedido foi feito em Bangcoc, na Tailândia, no fim de uma conferência de dois dias que reuniu ministros da saúde dos países do sudeste e este da Ásia, e altos funcionários da Organização Mundial da Saúde e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Segundo a ONU, entre as causas das mortes estão factores ecológicos, poluição do ar, e lixos tóxicos. Os participantes acordaram um plano regional para melhorar a qualidade do ar e do abastecimento da água, assim como da higiene e do saneamento. O director regional da OMS para o Pacífico Ocidental, Shigeru Omi, disse que a solução do problema passa pela colaboração entre os sectores do ambiente e da saúde.
Na sexta-feira, a Organização Mundial de Meteorologia, OMM, voltou a alertar para o aumento das inundações, ondas de calor e temperaturas extremamente frias que se vêm registando em quase todos os continentes. Segundo a OMM, mais de 500 milhões de pessoas morrem anualmente em nível mundial como consequências de inundações que cresceram de 200 para 400 incidentes por ano.
Somente em 2007, já se somaram 70 inundações. A boa notícia, segundo a OMM, é uma ligeira redução do número de vítimas mortais. O sul da Ásia vive há duas semanas as piores inundações causada pelas chuvas do período das monções das últimas décadas que, segundo agências de notícias, deixaram pelo menos 2 mil mortos. Também na Europa se registam ondas de calor e grandes incêndios florestais no sul do continente, enquanto se fazem sentir inundações em outras áreas.
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Envolverde/Rádio ONU, 15/08/2007)