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aterros sanitários lixões áreas contaminadas
2007-08-15

A população da cidade de Manaus produz diariamente quase duas vezes e meia a mais em volume de lixo do que o aterro sanitário da capital, local para onde são levados os dejetos, pode suportar.  São 2.400 toneladas de rejeitos despejados a cada 24 horas no popular “lixão” da AM-010 (que liga Manaus a Itacoatiara), enquanto que a capacidade de suporte do local chega somente a 980 toneladas.

Essa sobrecarga de lixo, de acordo com pesquisa intitulada “Determinação da concentração de metais pesados no sistema hídrico da região do aterro municipal de Manaus”, está comprometendo de forma drástica e acelerada a bacia do Tarumã Açu, onde cinco novos tipos de metais pesados, prejudiciais à saúde humana e que antes não foram encontrados nessas regiões, acabaram de ser registrados por pesquisa científica coordenada na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

De acordo com levantamento amostral coordenado pelo pesquisador Genilson Santana, do departamento de Química da Ufam, e Dorian Oliveira, Msc.  Em química também pela federal do Amazonas, foram verificados pela primeira vez nas águas do Tarumã Açu os metais arsênio (As), alumínio (Al), bário (Ba), vanádio (V) e cádmio (Cd), entre outros antes já detectados, tais como cobalto (Co), cobre (Cu), ferro (Fe), cromo (Cr), níquel (Ni), manganês (Mn) e zinco (Zn).

Como o arsênio, o alumínio, o bário, o vanádio e o cádmio não haviam sido observados em levantamentos descritivos realizados até no ano de 2001, a recente amostra, “fechada” no fim de 2006, pode ser um indicativo de que a pressão sobre o aterro sanitário de Manaus está aumentando e gerando resultados ainda mais negativos do que os antes registrados em pesquisas, influenciando inclusive na composição do sistema hídrico da bacia do Tarumã Açu.

Conforme explica Santana, a alta no volume de lixo despejado no aterro está ocasionando uma contaminação acelerada nas áreas pluviais.  E isso, agregado ao lançamento de produtos em decomposição (chorume), pode ocasionar doenças graves.  Entre os problemas que esses metais pesados podem causar à população são listados males como a gangrena, o câncer de pele, os distúrbios renais e as insuficiências cardiovasculares, sem falar na doença de Wilson (insuficiência hepática) e no mal de Minamata (que atinge o sistema nervoso central e rins).

“Toda a área do entorno do aterro sanitário de Manaus, que é de 40 hectares, está muito comprometida”, explica Santana, enfatizando que não se trata de um caso isolado o fato de maiores quantidade e variações de metais pesados estarem sendo encontradas no Tarumã, mas sim de um exemplo de perigo à saúde da população em geral da cidade.  “Além disso, já acabou a vida útil daquele aterro”, complementa Dorian, aluna que integra o grupo de pesquisa de Santana, alertando para a urgente necessidade de alternativas para os rejeitos da capital e ressaltando que mesmo depois de desativado as conseqüências da liberação de chorume nas águas da bacia podem ser percebidas por mais 50 anos.  “O aterro está em pleno funcionamento há 21 anos, quando deveria ter sido desativado em duas décadas, no máximo”, recorda a pesquisadora.

(Por Renan Albuquerque, Amazonas Em Tempo, 14/08/2007)

http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=251141


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