Uma iniciativa inédita em Belém poderá melhorar a qualidade de vida de cerca de 500 pessoas habitantes das ilhas Jutuba, Urubuoca e Ilha Nova, que fazem parte do arquipélago da região metropolitana de Belém.  É o projeto “Água em casa, limpa e saudável”, elaborado pela Cáritas Metropolitana de Belém e apresentado, nesta segunda-feira (13), na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Regional (Sedurb), pelo arcebispo de Belém, Orani Tempesta, e membros da Cáritas, que solicitaram apoio da secretaria na execução do projeto.

O proposta da Cáritas é implantar um sistema de captação de água da chuva, através de 122 tanques suspensos, instalados nas casas, sendo que o tratamento da água, para torná-la pronta para consumo humano, será feito pelo calor do sol.  Depois de captada, a água para beber e cozinhar será exposta ao sol, em garrafões de plástico escuro, durante seis horas consecutivas, tempo que, segundo os técnicos da Cáritas, é o suficiente para matar as bactérias da água que provocam as diarréias.

Serão abastecidas, com o sistema alternativo de tratamento, as casas das 162 famílias que moram nas ilhas, e que, segundo a equipe da Cáritas, percorrem grandes distâncias em pequenas embarcações para obter água potável ou usam água contaminada da Baía do Guajará para suas necessidades básicas.

O projeto também prevê a capacitação dos moradores, através de oficinas que deverão ser realizadas por profissionais de saúde.  Estimada em cerca de R$ 240 mil, a obra seria executada durante um ano, no período de 1º de outubro de 2007 a 30 de outubro de 2008., beneficiando 12 casas a cada mês.

A equipe da Cáritas foi recebida pela titular da Sedurb, secretaria Suely Oliveira, que elogiou a equipe pela iniciativa do projeto.  Ela explicou que a proposta da Cáritas vem ao encontro do projeto do governo do Estado, o “Água para Todos”, que tem a meta de reduzir o déficit de abastecimento de água tratada e encanada no Estado, que hoje está em torno de 50%.  Ela garantiu aos membros da Cáritas que irá estudar a proposta e avaliar de que forma a Sedurb poderá contribuir para melhorar as condições de vida dos ribeirinhos das ilhas.

(Agência Pará, 14/08/2007)