O diretor-regional do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto no Rio Grande do Sul (Sindiágua-RS), Rogério Ferraz, e seu secretário-geral, Leandro de Almeida, estiveram em Cachoeira na segunda-feira para pedir aos vereadores uma audiência pública para debater a terceirização dos serviços de saneamento básico que o prefeito municipal Marlon Santos está se propondo a realizar. Ao menos no próximo dia 23 (a sessão da semana que vem será na quinta-feira), já está garantido o uso da tribuna popular por Rogério.
Recém-eleito representante da região centro, que tem sede em Santa Maria, Rogério deseja expor à comunidade cachoeirense as perspectivas da continuidade da prestação do serviço público com a Corsan e também a privatização do serviço, já que o prefeito Marlon Santos anunciou que iniciará encaminhamento de um edital para concessão do serviço de abastecimento. O representante regional do Sindiágua, entidade formada por funcionários da Corsan, diz querer esclarecer a população sobre como deverá funcionar o serviço se a concessão for dada a uma empresa privada.
ODEBRECHET Rogério não acredita nas promessas feitas pela Odebrecht e Uniáguas, de que chegariam a 100% de saneamento básico em um curto espaço de tempo na cidade e acrescenta o lucro das empresas como tema principal a ser debatido. “Atualmente a Corsan possui cerca de 50 municípios superavitários no estado. O restante são comunidades pobres que recebem parte do lucro de outras regiões. O que está sendo proposto é reverter o dinheiro unicamente para uma empresa privada”, entende. Segundo Ferraz, a audiência pública é importante pois, depois de acertada a concessão, “o povo não poderá reclamar”.
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Jornal do Povo, 15/08/2007)