A Organização Internacional de Energia Atômica (OIEA) confirmou ontem (14/08) que os danos causados pela usina nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, devido ao terremoto do dia 16 de julho, "parecem ser menores do que o estimado", embora o sismo tenha excedido de forma significativa os limites de segurança desenhados para a planta, construída na província de Niigata, no Japão.
Em um comunicado emitido em Viena, o diretor geral da entidade, Mohamed El Baradei, mostrou-se satisfeito com a cooperação e transparência recebida por parte das autoridades japonesas em recente visita feita por seis especialistas da OIEA ao país. Ele acrescentou que "as conclusões e análises do incidente e as lições aprendidas, tanto positivas quanto negativas, serão relevantes para outras centrais nucleares no mundo".
De acordo com os peritos da OIEA, apenas uma quantidade limitada de material radioativo - muito abaixo dos limites permitidos - vazou no meio ambiente, em conseqüência do terremoto. O prejuízo sofrido pela maior usina nuclear do mundo se limitou a seções que não afetam os sistemas operacionais da mesma, explica a nota. O sismo, que matou 11 pessoas e feriu mais de mil, obrigou a empresa controladora da usina, a Tokyo Electric Power, a fechar temporariamente as suas instalações.
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Efe, 15/08/2007)