A direção da Superintendência do Porto do Rio Grande começou, na segunda-feira (13/08), a discussão sobre acesso ao Porto do Rio Grande do casco do ex-navio Settebello, que será transformado na plataforma P-53. A reunião, convocada pela Secretaria de Infra-estrutura e Logística, teve a presença de representantes da superintendência, Capitania dos Portos do Rio Grande do Sul, Companhia Estadual de Energia Elétrica, Petrobras e Quip (construtora de módulos da P-53).
A pauta da reunião teve como tema principal a passagem do casco da P-53 por baixo dos cabos aéreos, que cruzam o canal de acesso ao terminal, levando energia elétrica para o município vizinho de São José do Norte. O casco, com alguns módulos acoplados, mede 346,5 metros de comprimento, 57,3 metros de largura e 77 metros de altura.
Devido à altura, será desenvolvida operação especial para passagem pelos cabos aéreos localizados a 73 metros (ponto mais baixo) e 82 metros (ponto mais alto) do nível do mar. Dessa forma, quando o casco chegar ao canal de acesso, com auxílio de cinco rebocadores, será deslocado para a parte do canal onde a altura entre nível do mar e cabos aéreos é maior, garantindo passagem para atracar no Porto Novo.
Conforme o coordenador da assessoria técnica da secretaria, Edmundo Fernandes da Silva, a pasta coordena o planejamento de todas as ações para garantir a chegada do Setebello com segurança. “Na próxima segunda-feira (20), formaremos comitê de recepção à P-53, com objetivo de estabelecer ações necessárias para que a operação seja acompanhada e executada de forma eficaz”, explica Edmundo.
O comitê de recepção a P-53 será formado por integrantes da Secretaria de Infra-estrutura, Superintendência do Porto de Rio Grande, Capitania dos Portos do Rio Grande do Sul, CEEE, Petrobras, Quip, Conselho de Autoridade Portuária e Praticagem da Barra do Rio Grande. O casco que será transformado na plataforma deve chegar ao cais entre 25 de agosto e 5 de setembro.
Cabos Subaquáticos
Após receber os módulos em Rio Grande, a P-53 chegará a 140 metros de altura. Para saída da plataforma, será necessário transformar os atuais cabos aéreos em linhas subaquáticos, passando por baixo do canal de acesso ao Porto do Rio Grande em profundidade superior a 18 metros.
Com colocação dos cabos subaquáticos, em 900 metros de extensão na mesma linha onde hoje se localizam as torres, próximo ao Terminal de Contêineres, ficará solucionado o problema referente à saída da P-53 e à entrada de outras plataformas que farão reparos ou serão construídas em Rio Grande, pois o município se transformou pólo naval.
A obra será executada no período máximo de um ano, prazo para entrega da P-53. A substituição dos cabos aéreos por subaquáticos está orçada em R$ 18 milhões.
(Ascom Governo do Estado do RS, 14/08/2007)