A denúncia feita na última sexta-feira pelo Ministério Público de São Paulo contra os donos Petroforte foi aceita nesta segunda-feira (13/08) pela Justiça do Estado. A empresa era uma das principais redes de distribuição e venda de combustível do País. Os acusados foram denunciados pela prática de 14 crimes, entre eles falência fraudulenta, desvios de bens, falsificação de documentos públicos e particulares, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
O grupo era formado pelo dono da empresa, Ari Natalino da Silva, e por mais 66 pessoas, entre elas sua mulher, Débora Aparecida Gonçalves, sua ex-mulher, Aparecida Maria Pessuto da Silva, seu filho, Herick da Silva, o sobrinho, Peter Pessuto, e o "braço direito" de Ari Natalino, Antonio Pedro Rodrigues de Souza Rocha. Segundo a denúncia, também fazia parte da quadrilha o advogado Heleno Duarte Lopes que usou como "laranja" o nome do seu irmão, Humberto Duarte Lopes, morto há mais de 50 anos.
A quadrilha é acusada de desviar R$ 600 milhões, dos quais pelo menos R$ 30 milhões foram enviados para paraísos fiscais. Segundo o promotor responsável pelo caso, Arthur Migliari Júnior, a empresa deu origem a mais de 200 empresas em menos de 10 anos e era "uma das maiores organizações criminosas que se tem notícia na história criminal deste País".
(Agencia Estado, 13/08/2007)